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Exoplaneta gigante orbita sua estrela a uma distância bem maior que o esperado

Por| Editado por Patricia Gnipper | 19 de Abril de 2021 às 17h00

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ESO/SPHERE/VLT/Bohn et al
ESO/SPHERE/VLT/Bohn et al

Localizado a cerca de 360 anos-luz da Terra, na direção da constelação da Mosca, o hemisfério celestial sul, o gigante exoplaneta YSES 2b orbita uma estrela parecida com o Sol, mas chama a atenção de astrônomos por estar a uma distância muito maior do que os atuais modelos de formação de sistemas planetários apontam. No estudo publicado na revista Astronomy & Astrophysics, um grupo de cientistas holandeses procura entender o que levou a esta formação inesperada.

O planeta YSES 2b é um gigante gasoso com cerca de seis vezes mais massa do que Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar — e orbita a sua estrela a uma distância 110 vezes maior do que a Terra está do Sol, ou 20 vezes a distância entre Júpiter do Sol. A estrela que hospeda o exoplaneta, por sua vez, tem aproximadamente 14 bilhões de anos e se assemelha bastante ao Sol em seu início.

Uma das explicações para a grande distância de YES 2b de sua estrela hospedeira é que ele tenha sido deslocado pela influência gravitacional de um outro planeta. No entanto, os astrônomos ainda não observaram nenhum outro planeta que possa ter atraído o gigante gasoso para longe do centro do sistema planetário. Por isso, a equipe continuará com a investigação nos arredores deste planeta um tanto incomum.

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Assim, o grupo de astrônomos espera aprender mais desse sistema planetário. O pesquisador principal do estudo, Alexander Bohn, da Universidade de Leiden, explica que: “ao investigar mais exoplanetas semelhantes a Júpiter em um futuro próximo, aprenderemos mais sobre os processos de formação de gigantes gasosos em torno de estrelas semelhantes ao Sol".

O exoplaneta YSES 2b foi descoberto pelo programa Young suns Exoplanet Survey (YSES). As observações foram realizadas entre 2018 e 2020, usando também os dados obtidos pelo Very Large Telescope (VLT), da Agência Espacial Europeia (ESO) e o instrumento SPHERE — responsável por capturar a luz direta e indireta de exoplanetas —, desenvolvido em parceria com a Holanda.

O artigo com mais informações sobre a pesquisa, pode ser acessado aqui.

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Fonte: Phys.org