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Estação espacial capaz de simular a gravidade seria lançada em único foguete

Por| Editado por Patricia Gnipper | 04 de Março de 2022 às 17h00

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Zachary Manchester/Tzipora Thompson
Zachary Manchester/Tzipora Thompson

A NASA tem estudado o conceito de uma estrutura capaz de simular a gravidade da Terra no espaço, além de adaptações para lançá-la com um único foguete. A pesquisa é conduzida pela Carnegie Mellon University (CMU) e a Universidade de Washington (UW), sob a segunda fase do programa NASA Institute for Advanced Concepts (NIAC).

Os efeitos da ausência da gravidade causam problemas significativos nos astronautas, como a perda de massa óssea e até da visão. Uma solução para esses problemas seria uma estrutura giratória para criar a força centrífuga e, assim, simular a gravidade.

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Como parte da segunda fase do NIAC, a NASA ofereceu US$ 600 mil para que os pesquisadores estudem como desenvolver tal estrutura, além de lançá-la inteira em um foguete. Na primeira fase eles analisaram o conceito da estação lunar Gateway, que poderia ser implantando em uma estrutura com 1 km de comprimento.

O conceito

Para alcançar a gravidade artificial usando forças centrífugas, existem duas opções: girar a uma alta velocidade ou possuir um eixo de rotação muito grande. No entanto, o corpo humano só aguenta uma velocidade rotacional de até 3 rpm (rotações por minuto), estabelecendo o limite de 1 km para a estrutura.

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A equipe da CMU propôs desenvolver uma “estrutura implantável de alta taxa de expansão” (conhecida como HERDS), a qual utiliza auxéticos de corte e mecanismos de tesoura ramificada. Os auxéticos são materiais que se expandem em determinado padrão.

Já os mecanismos de tesoura ramificada, ao encaixar peças bem compactas, produzem uma estrutura muito maior. Ambos os sistemas poderiam criar um habitat espacial com 1 km quilômetro, capaz de girar na velocidade suficiente para simular a gravidade terrestre.

A estrutura, quando compacta, caberia a bordo de um único foguete Falcon Heavy, da SpaceX. Uma vez expandida e já em órbita, ela começaria a girar a uma taxa de 1 a 2 rpm para gerar até 1 g de gravidade artificial nas extremidades da unidade, enquanto mantém a microgravidade em seu centro.

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Os pesquisadores disseram que essas tecnologias podem ser utilizadas para criar estruturas tubulares que se expandem até 150 vezes o tamanho de quando compactadas. Na atual fase do estudo, a equipe se dedicará a avaliar se tudo isso é possível ou não.

Fonte: NASA, Via Universe Today