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Esta mancha solar ficou 5 vezes maior que a Terra em apenas 24 horas

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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NASA/SDO/HMI, edição: Daniele Cavalcante
NASA/SDO/HMI, edição: Daniele Cavalcante

Uma mancha solar se formou na superfície de nossa estrela e cresceu até ficar com tamanho equivalente a 5 vezes o da Terra, em um intervalo de apenas 24 horas. A sonda Solar Dynamics Observatory (SDO), da NASA, registrou tudo e, graças a ela, podemos observar a evolução da mancha em uma animação de timelapse.

Os instrumentos do SDO, que capturam a radiação solar em diversos comprimentos de onda separadamente (10, no total), fornecem dados da atividade do Sol praticamente em tempo real. Com isso, os astrônomos podem acompanhar o que está acontecendo por lá, comparando as imagens de cada um desses tipos de medição.

Na animação abaixo, observamos a fotosfera do Sol, ou seja, a "superfície" onde os fótons estão livres para viajar rumo ao espaço, em todas as direções. A mancha que se forma é bem mais escura que o restante da superfície porque é muito mais fria, mas não se engane: a temperatura destas estruturas é entre 2000 e 4000 K.

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A estrutura surgiu por volta das 19h26 desta segunda-feira (26) a partir de uma região ativa, ou seja, uma área com linhas de campos magnéticos complexos. Na imagem abaixo, podemos observar a região chamada AR3354, já bastante complexa antes mesmo das manchas surgirem.

Em regiões ativas como estas, registradas pelo instrumento Helioseismic and Magnetic Imager (HMI) do SDO, as linhas de campo magnético são fortes e podem formar não somente as manchas solares, como também erupções solares e ejeções de massa coronal.

Nas imagens do HMI, os detalhes pretos representam os campos magnéticos que estão apontando para longe do planeta Terra, enquanto as linhas brancas significam campos apontando diretamente para nós.

A rápida evolução das manchas na região AR3354 são resultado da intensificação da atividade solar. Atualmente, nos aproximamos do máximo solar, nome do período em um ciclo de 11 anos em que essa atividade atinge o pico. Por isso, as regiões ativas são maiores e mais frequentes.

Ainda veremos muitas imagens impressionantes como estas até 2025, ano que é a previsão para o Sol atingir esse pico de atividade. Por enquanto, os astrônomos estão de olho na AR3354 para saber como ela se vai se comportar e, quem sabe, descobrir mais detalhes sobre os mistérios acerca desses fenômenos.

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Previsão de explosão solar forte

Enquanto isso, a mancha solar AR3340 também está aumentando e desenvolveu um campo magnético de classe delta. Isso significa que, nessa área, há energia contida capaz de produzir erupções solares fortes — a previsão é de 40% de chances para explosões solares de classe M (média) e 10% de chances de explosões de classe X (alta).

As explosões e ejeções de massa coronal têm potencial para causar intereferências nas transmissões de rádio em nosso planeta e, em casos mais extremos, prejudicar os equipamentos na baixa órbita terrestre. Por outro lado, também proporcionam auroras boreais incríveis, que serão bem mais frequentes durante o máximo solar.