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Erupção solar mais poderosa registrada em 4 anos aconteceu neste fim de semana

Por| Editado por Patricia Gnipper | 06 de Julho de 2021 às 14h35

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NASA/SDO
NASA/SDO

O Sol iniciou seu 25º ciclo há cerca de um ano, e já nos deu outro sinal de que está bastante desperto. Durante a manhã do último sábado (3), nossa estrela emitiu a primeira erupção do novo ciclo, a mais poderosa observada desde 2017. O ocorrido liberou um pulso de raios X que alcançou a atmosfera superior da Terra, e interrompeu brevemente transmissões de rádio na região do Oceano Atlântico.

A mancha solar 2838, responsável por essa erupção, foi formada subitamente durante a noite. Depois, ela “girou” para o outro lado do Sol, ficando longe do nosso campo de visão. Então, pode até ser que a mancha ainda esteja ativa, mas será preciso esperar mais alguns dias para, quem sabe, ela retornar para uma posição em que pode ser vista. Quando acontecem mudanças súbitas no campo magnético do Sol, os níveis de radiação na forma de plasma aumentam e causam as chamadas “erupções solares”.

Com isso, uma enorme quantidade de energia é armazenada nos campos magnéticos acima das manchas solares; depois, essa energia explode e libera um grande pulso de radiação. Essas erupções podem ir de menor à maior intensidade, sendo que as mais intensas são as de classe X.

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Confira o vídeo abaixo, produzido pela equipe do Solar Dynamics Observatory, que mostra a erupção:

Erupções solares poderosas, como a que ocorreu no início do mês, podem causar alguns efeitos por aqui. Embora não sejam nocivas para nós por estarmos protegidos pelo campo magnético da Terra, elas podem afetar os sistemas de comunicação por rádio e de navegação. No caso de eventos mais extremos, pode ser necessário desligar redes elétricas, mas situações assim são raras.

A mais poderosa dessas, de nível X28 na escala adotada para medir eventos solares, foi registrada em novembro de 2003. A da semana passada foi classificada como X15 e não foi tão intensa, mas, mesmo assim, sinaliza que o Sol está ficando mais ativo. Claro que, quando observada da Terra a olho nu, nossa estrela parece estar calma e consistente, mas os dados coletados a longo prazo sinalizam que há atividade solar acontecendo — e parte disso se deve ao ciclo solar.

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O ciclo depende, principalmente, da dinâmica do Sol. A cada 11 anos, há uma variação na quantidade de manchas solares, que indicam como está a atividade da nossa estrela — durante o máximo solar, há a maior quantidade de manchas do ciclo. Depois alguns anos, essa quantidade diminui para a menor do ciclo em questão, e aí sabemos que o Sol chegou ao mínimo solar. Como o último mínimo solar aconteceu em dezembro de 2019, a expectativa é que o Sol fique cada vez mais ativo nos próximos meses e anos, sendo que o pico de atividade deverá acontecer em julho de 2025. Ainda não é possível saber exatamente se teremos um ciclo mais fraco ou mais poderoso à frente.

Fonte: Science Alert, Space.com