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Empresa sul-coreana planeja 20 lançamentos em Alcântara a partir de 2023

Por| Editado por Patricia Gnipper | 04 de Março de 2022 às 13h28

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Agência Espacial Brasileira
Agência Espacial Brasileira

A INNOSPACE, empresa sul-coreana, tem planos para realizar uma série de lançamentos de satélites nas instalações do Centro Espacial de Alcântara (CEA), no Maranhão. Os primeiros devem ser dois lançamentos de testes, previstos para acontecer entre 2022 e 2023. Depois, a partir do ano que vem, a empresa planeja outros 20 lançamentos comerciais. De acordo com representantes da INNOSPACE, o primeiro deles deverá ocorrer entre outubro e novembro deste ano.

Fundada em 2017, a INNOSPACE trabalha com o desenvolvimento de tecnologias para foguetes, e o material do veículo lançador será enviado para montagem no Brasil. No ano passado, a companhia analisou a possibilidade de começar a operar no país, e começou a negociar com o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), de São José dos Campos (SP), para testar foguetes e novas tecnologias no Centro de Alcântara.

Através de uma portaria de maio de 2020, a INNOSPACE foi autorizada pela Agência Espacial Brasileira e Ministério da Ciência e Tecnologia para a operação de atividades espaciais de lançamentos no Brasil até 2026. “É importante vermos confirmado o interesse e a movimentação das empresas voltadas para explorar o nicho de mercado que mais cresce: pequenos e nanossatélites em órbitas baixas”, disse Carlos Moura, presidente da AEB.

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A INNOSPACE tem escritório localizado no Parque Tecnológico de São José dos Campos e, atualmente, está negociando um contrato de operações durante cinco anos, que pode ser estendido para mais cinco. Assim, se tudo correr bem, a expectativa é que a empresa possa levar satélites de até 500 kg em órbita em menos de seis anos.

Perspectivas para os lançamentos em Alcântara

De acordo com Élcio Jeronimo de Oliveira, chefe de negócios da INNOSPACE no Brasil, o menor foguete da empresa pode lançar um satélite de até 50 kg por, aproximadamente, US$ 2 milhões. Segundo ele, Alcântara oferece boas perspectivas em função do momento atual na indústria: nos próximos 10 anos, o mercado de novos veículos lançadores poderá movimentar 1 trilhões de dólares com o lançamento de pequenos satélites.

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Além disso, há ainda o potencial das instalações da base, que a torna um local bastante favorável para lançamentos. “O Espaçoporto de Alcântara tem condições geográficas, logísticas e de agendamento extremamente favoráveis, principalmente para projetos que se propõem inovadores e competitivos, como é o caso da INNOSPACE”, observou o presidente Moura. “Fazemos votos de que esse tipo de iniciativa alavanque a entrada efetiva de Alcântara no mercado internacional de transporte espacial”.

Na Coreia do Sul, a empresa presta serviços para as áreas civil e militar, mas o contrato para o uso de Alcântara prevê somente atividades comerciais de lançamentos de satélites, sem perspectivas para o uso de materiais bélicos. Já no caso de objetivos militares, a empresa poderá utilizar seus veículos lançadores somente para transportar satélites de comunicação militar, úteis também para demandas da polícia federal e de auxílio em caso de desastres naturais.

Fonte: CBN