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Empresa japonesa revela novo módulo lunar que será lançado em 2024
Nesta terça-feira (23), a empresa japonesa ispace anunciou o desenvolvimento de um novo módulo lunar, o Series 2. Com cerca de 2,7 metros de altura, a espaçonave terá capacidade de transportar até 500 kg de cargas úteis para a superfície da Lua e está programada para ser lançada em 2024, marcando a terceira missão lunar da ispace.
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A novidade foi anunciada durante o 36º Simpósio Espacial em Colorado, que começou no último dia 23 e termina amanhã. Em nota oficial, o fundador e CEO da ispace, Takeshi Hakamada, disse que "ao olharmos para o futuro próximo, o Series 2 nos permitirá não apenas aumentar nossas capacidades, mas também fornecer maior acesso e oportunidades para nossos clientes". Além disso, Hakamada acrescentou que o novo módulo é um passo positivo para a concretização de um ecossistema lunar diversificado e sustentável.

Antes que o módulo Series 2 decole, a ispace ainda tem outras duas missões já planejadas. A primeira está programada para ser lançada no próximo ano a bordo do foguete Falcon 9, da SpaceX. O objetivo será entregar à Lua o rover Rashid, dos Emirados Árabes, entre outras cargas úteis de diversos clientes — o módulo responsável por esta missão está em sua fase final de montagem na Alemanha. A empresa pretende realizar sua segunda missão lunar em 2023, provavelmente também em um Falcon 9.
Segundo a ispace, o trabalho da missão do Series 2 já está em andamento e terá a parceria das empresas norte-americanas General Atomics e Draper. Em junho deste ano, o projeto passou por um marco importante, conhecido como revisão preliminar. O módulo lunar tem vários compartimentos para o transporte de cargas úteis, o que permitirá a flexibilização para uma variedade de clientes, sejam do governo, do setor privado ou pesquisas científicas.

A sonda lunar pretende ser uma das primeiras com a capacidade de resistir às geladas noites da Lua, bem como a habilidade de pousar tanto no lado mais próximo quanto o mais distante de nosso satélite natural — em especial, nas regiões polares do satélite natural, onde os cientistas acreditam ter gelo de água, recurso fundamental para estabelecer a presença humana por lá. Em apoio ao Programa Artemis, a NASA planeja enviar uma série de tecnologias para lá nos próximos anos.
A ispace espera que seu novo módulo seja uma alternativa atraente para a agência espacial norte-americana, que, por enquanto, mantém suas viagens dentro do seu programa Commercial Lunar Payload Services (CLPS). "Nos próximos meses, trabalharemos em estreita colaboração com a Draper e a General Atomics para nos prepararmos para a próxima ordem de tarefa CLPS da NASA", informou Kyle Acierno, CEO da subsidiária da ispace sediada em Denver, EUA, desde o ano passado. "Com quase 30 membros da equipe, continuamos a crescer nos EUA e estamos focados em ampliar nossa colaboração com parceiros americanos", ressaltou Acierno.
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