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Empresa japonesa já tem 2 missões lunares planejadas para os próximos 3 anos

Por| 26 de Setembro de 2018 às 23h50

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Nesta quarta-feira (26), a empresa privada japonesa ispace anunciou que já tem duas missões planejadas com destino à Lua, com os lançamentos acontecendo dentro dos próximos três anos. Ainda, a companhia conseguiu fechar um contrato com a SpaceX para usar dois foguetes Falcon 9 nesses lançamentos.

Takeshi Hakamada, fundador da ispace, disse que, no longo prazo, quer que sua empresa construa uma cidade na Lua até 2040, que poderá ser visitada por 10 mil pessoas por ano. Mas, voltando às duas missões já anunciadas: a primeira enviará à Lua uma sonda orbital, com a segunda enviando um rover no ano seguinte.

A sonda orbital tem uma missão simples: segundo Jamie Denniston, engenheiro-chefe da ispace, a ideia é marcar sua presença na órbita lunar, também tirando fotos da superfície do nosso satélite natural e validar alguns de seus sistemas de navegação para missões futuras. Então, vem a hora da missão que enviará um rover "2 em 1": o "rover mãe", com tamanho maior, é capaz de ejetar um "rover filho" menorzinho, que, por sua vez, conseguirá entrar em espaços mais compactos e analisar a lava lunar. Ambos os robôs permanecerão conectados um com o outro por meio de uma corda física, que fornecerá energia e permitirá a comunicação.

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Para a ispace, a missão será considerada um sucesso caso a sonda e os rovers cheguem ao destino conforme planejado e permaneçam "vivos" por pelo menos um dia, com qualquer exploração sendo considerada como sendo um bônus ao projeto. Já para os idos de 2030, a empresa pretende extrair gelo dos polos lunares para converter o hidrogênio e oxigênio em combustível para foguetes.

"Por volta de 2030, esperamos começar a desenvolver o propelente e enviá-lo para espaçonaves no espaço", disse Hakamada, que espera que, até lá, centenas de pessoas estejam trabalhando na Lua ou em sua órbita. Já na década de 2040, a ispace visualiza uma cidade chamada Vale da Lua, construída na superfície do satélite natural.

Hakamada disse que a empresa já arrecadou US$ 95 milhões até o momento, sendo este montante o suficiente para financiar a missão que engloba a sonda orbital e os rovers.

Fonte: ARSTechnica