Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Eclipse solar: cientistas vão ter 4 minutos para experimentos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 08 de Abril de 2024 às 15h30

Link copiado!

Steven Coffey/Unsplash
Steven Coffey/Unsplash

O eclipse solar total já começou. O fenômeno foi visível primeiro para observadores em Mazatlan, no México, às 14h21 no horário de Brasília, e vai aparecer em breve para quem estiver em parte do Texas, nos Estados Unidos. Além de ser incrível, o eclipse vai oferecer alguns minutos para a realização de experimentos científicos.

Em eclipses solares totais, a Lua parece ter quase o mesmo tamanho do Sol, e bloqueia seu disco por alguns minutos durante a fase da totalidade. No evento de hoje, a faixa da totalidade se estende por um caminho de 185 km, que passa por parte de três estados do México, 15 dos Estados Unidos e quatro do Canadá. 

O Sol vai permanecer de um a quatro minutos oculto pela Lua, aproximadamente, dependendo de onde o observador está. O tempo é curto, mas muito valioso para cientistas que estudam o Sol: enquanto nosso satélite natural esconde o disco solar, é possível observar a coroa solar, que costuma ficar ofuscada pela luz do astro. 

Continua após a publicidade

Assim, cientistas da NASA e da Universidade de Aberystwyth planejam aproveitar o momento para estudar o vento solar e a alta temperatura da coroa, muito maior que da superfície. Com sorte, eles podem até testemunhar uma ejeção de massa coronal, que acontece quando grandes massas de plasma são lançadas do Sol ao espaço.

Para garantir que vão conseguir aproveitar o melhor da fase total, cientistas da NASA vão voar em jatos WB-57. As aeronaves vão levá-los a 15 km de altitude, ficando acima das nuvens, e vão estar equipadas com câmeras capazes de detectar comprimentos de onda que não chegam à superfície. 

Como os jatos viajam a 740 km/h, os tripulantes vão passar mais de seis minutos e 22 segundos na sombra da Lua — ou seja, quase dois minutos a mais que quem ver o eclipse no solo!   

Continua após a publicidade

Já o professor Adam Hartstone-Rose, da Universidade do Estado da Carolina do Norte, tem outros planos. Ele planejou passar o dia em um zoológico no Texas para verificar se gorilas, girafas e outros animais vão se comportar de formas diferentes, como observado no eclipse solar de 2017.

“Da última vez, os flamingos fizeram algo lindo", recordou ele. "Quando o eclipse estava se formando, os adultos reuniram os filhotes no meio do bando e olharam para o céu, como se estivessem preocupados com a queda de um predador aéreo”. Na ocasião, gorilas foram para os lugares onde dormem e se preparam para o descanso.

Fonte: BBC