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Dragonfly: missão da NASA que estudará lua Titã, de Saturno, é adiada para 2027

Por| 01 de Outubro de 2020 às 20h40

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Reprodução/NASA
Reprodução/NASA
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No ano passado, a NASA decidiu lançar o helicóptero Dragonfly rumo à lua Titã, de Saturno, em 2026, para continuar a busca pelos blocos fundamentais da vida. Entretanto, devido a pressões no orçamento causadas pela pandemia do novo coronavírus, a NASA solicitou um adiamento para a missão. Agora, a Dragonfly será lançada apenas em 2027.

A missão foi selecionada em 2019 e chegaria a Titã em 2034; com o adiamento, a chegada deverá acontecer apenas em 2036. Mesmo assim, de acordo com o comunicado publicado pela agência espacial, a nova data não irá causar impactos na arquitetura da missão ou no retorno científico proporcionado. Acontece que Titã tem grande valor científico por ser a única lua no Sistema Solar que tem uma atmosfera que chega a ser quatro vezes mais densa do que a da Terra. Ainda, é rica em nitrogênio e contém nuvens de metano, que podem produzir precipitações em forma de chuva e até de neve.

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Além disso, existem moléculas na atmosfera de Titã que levaram os pesquisadores a pensar que essa lua pode ter sido parecida com a Terra em um passado bilhões de anos distante: “a Dragonfly vai aumentar de forma significativa nosso entendimento deste mundo cheio de riquezas orgânicas, e ajudará a responder perguntas essenciais da astrobiologia na busca para entender os processos que deram apoio ao desenvolvimento de vida na Terra”, diz Lori Glaze, diretora do Planetary Science Division da NASA.

A Dragonfly representa também a primeira vez que a NASA envia um veículo com múltiplos rotores para estudar outro mundo. Assim, a missão foi criada para investigar esta lua e, quem sabe, trazer alguma luz para a origem da vida na Terra. A missão irá pousar na região Shangri-La, uma grande área de dunas em Titã. Com as lâminas de seu rotor, a Dragonfly vai voar por dezenas localizações durante 2,7 anos, se deslocando por uma distância de 175km — quase o dobro da distância viajada por todos os rovers de Marte juntos.

Este é mais um dos projetos da agência espacial que sofre alguma mudança no cronograma devido à pandemia: recentemente, a NASA comunicou que as missões de astrofísica serão afetadas e possivelmente terão atrasos.

Fonte: NASA, The Guardian