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Destaque da NASA: rocha de Marte com manchas estranhas é foto astronômica do dia

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NASA, JPL-Caltech, MSSS, Perseverance Rover
NASA, JPL-Caltech, MSSS, Perseverance Rover

Nesta quarta (31), a foto destacada pela NASA em seu site Astronomy Picture of the Day traz várias manchas com bordas escuras, parecidas com as pintas no pelo das onças. Estas formações inusitadas foram flagradas em uma rocha encontrada em Marte pelo rover Perseverance

O robô está explorando o Planeta Vermelho desde 2021 e já encontrou uma série de rochas por lá. O que chama a atenção nesta, apelidada de Cheyava Falls, é que as manchas talvez tenham relação com formas de vida que podem ter existido no planeta.

As manchas são pequenas e não medem mais que alguns milímetros. Talvez elas tenham sido formadas por microrganismos que produziram energia através de reações químicas, as quais teriam mudado a cor da rocha de vermelho para branco e, depois, teriam deixado para trás a estrutura escura. 

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David Flannery, astrobiólogo e membro da equipe do Perseverance, se surpreendeu com a descoberta. “Na Terra, estas formações costumam ser associadas ao registro fossilizado de microrganismos vivendo na subsuperfície”, comentou. 

Mas muita calma nessa hora. As manchas escuras não são necessariamente uma prova de que houve vida no Planeta Vermelho, já que também podem ter sido formadas por processos sem relação com seres vivos.

Existe vida em Marte?

Afinal, será que existe ou já existiu vida em Marte? Bem, os cientistas ainda não sabem dizer ao certo. Estudos do Planeta Vermelho já mostraram que, no passado, este foi um mundo mais quente e úmido, muito mais amigável para a vida do que é hoje. 

Além disso, já foram encontradas áreas com condições para a habitabilidade na superfície marciana — dados do rover Curiosity, por exemplo, já mostraram que a cratera Gale foi o lar de um lago há três bilhões de anos. Já o rover Perseverance vem usando seus instrumentos para procurar sinais de formas de vida no delta do antigo rio que existiu na cratera Jezero. 

A expectativa é que o rover ajude os cientistas a descobrir se já houve alguma forma de vida no Planeta Vermelho. Mesmo que o robô não encontre tais evidências, a NASA e a Agência Espacial Europeia planejam trazer à Terra as amostras coletadas por ele em Marte. Com os instrumentos nos laboratórios por aqui, os cientistas podem investigar a questão ainda mais profundamente.

Fonte: APOD