Destaque da NASA: airglow colorido está na foto astronômica do dia
Por Danielle Cassita | Editado por Patricia Gnipper | 15 de Fevereiro de 2023 às 19h15
A foto em destaque nesta quarta-feira (15) no site Astronomy Picture of the Day traz um fenômeno curioso no céu: originalmente, o fotógrafo queria registrar o arco da Via Láctea, mas a foto acabou capturando também o brilho colorido do ar.
Conhecido como “airglow”, o brilho é um fenômeno causado pelas interações entre a luz do Sol e o ar a altas altitudes na atmosfera superior terrestre, que faz com que o ar emita uma luz fraca própria. Esta luz pode ser de cores variadas, como vermelho, verde e mais.
Além dos tons coloridos no céu, proporcionados pelo airglow, há vários outros objetos na foto que merecem atenção. Entre eles, está a estrela Sirius, a mais brilhante do céu noturno; ela aparece no lado esquerdo da foto, junto da Nebulosa de Órion.
Já Marte está mais ao centro da imagem, acima do aglomerado estelar das Plêiades. Por fim, no lado direito, está Andrômeda, a maior galáxia espiral mais próxima da nossa. A faixa da Via Láctea completa a imagem, mostrando que o fotógrafo conseguiu cumprir seu objetivo.
De onde vem o airglow?
Como mencionamos acima, o brilho do ar ocorre quando os átomos e moléculas da atmosfera da Terra acabam ionizados pela luz solar, e emitem luz para liberar o excesso de energia. O brilho pode acontecer também quando moléculas e átomos ionizados colidem, e capturam um elétron livre.
Diferentemente do que acontece com as auroras boreais e austrais, o airglow brilha constantemente na atmosfera, formando uma espécie de bolha colorida e brilhante ao redor do nosso planeta. A má notícia é que o brilho tem apenas 10% da luz das estrelas, tornando difícil observá-lo a olho nu.
Cada gás atmosférico tem airglow com cor própria, altitude e processo de excitação, de modo que o fenômeno contribui para estudos de diferentes camadas atmosféricas. Assim, além da beleza, o airglow ajuda os cientistas a entender aspectos da atmosfera superior, como a temperatura, densidade e composição do ar por lá.
Fonte: APOD