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Descoberto vulcão em Marte que ficou escondido por 50 anos

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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MGS, MOLA, Pascal Lee and Sourabh Shubham
MGS, MOLA, Pascal Lee and Sourabh Shubham

Marte surpreendeu cientistas outra vez. Através de dados de diferentes missões que estudaram o Planeta Vermelho, pesquisadores descobriram um novo vulcão gigante na parte leste da província Tharsis, perto do equador marciano. Devido à erosão, o vulcão passou despercebido desde 1971. 

Naquele ano, a sonda orbital Mariner 9 chegou a Marte, marcando a primeira vez em que uma espaçonave entrou na órbita de outro planeta. Seus dados revelaram que a superfície marciana era marcada por vários vulcões. Entre eles, estava um que ninguém havia percebido até agora. 

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A formação recém-descoberta fica próxima dos cânions de Valles Marineris e recebeu o nome provisório de vulcão Noctis. Seu pico mede 9.028 m de altura — para comparação, considere o grande vulcão marciano Olympus Mons, que mede 25 km de altura. E, afinal, por que Noctis passou tantos anos despercebido? 

Acontece que seu formato é diferente do de outros vulcões: Noctis é feito de estruturas geológicas conhecidas como mesas (área elevada do solo com topo plano) e cânions, cercado por uma encosta externa que o esconde. No centro, está a cratera vulcânica colapsada. 

"Estávamos examinando a geologia de uma área onde havíamos encontrado os restos de uma geleira no ano passado, quando percebemos que estávamos em um vulcão enorme e profundamente desgastado pela erosão”, relatou o Dr. Pascal Lee, do Instituto SETI.

Para confirmar a descoberta, Lee e o graduando Sourabh Shubham trabalharam com fotos tiradas pela Mariner 9 e por outras missões orbitais. "Portanto, talvez não seja tão surpreendente encontrar um vulcão aqui. De certa forma, esse grande vulcão é a ‘fumaça do fogo’ há muito procurada", acrescentou Shubham.

Na direção sudeste do vulcão, há um depósito vulcânico fino e recente que parece esconder gelo glacial. Para Lee, o possível gelo naquela região, que é relativamente quente, faz o local “parecer muito atraente para a exploração humana e robótica”. 

As descobertas foram apresentadas na 55ª Conferência de Ciências Lunares e Planetárias.

Fonte: SETI