Valles Marineris: foto da NASA mostra detalhes incríveis de cânions em Marte
Por Danielle Cassita |
A sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), da NASA, fez novas imagens incríveis da superfície marciana com a câmera High Resolution Imaging Science Experiment (HiRISE), que revelam um abismo ainda maior que o Grand Canyon se abrindo sobre a superfície do Planeta Vermelho. Trata-se do sistema de cânions de Valles Marineris, uma região que conta com formações profundas e vastas que se estendem por mais de 4 mil quilômetros e, assim, é considerado o maior cânion do Sistema Solar.
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Na verdade, a formação vem sendo fotografada de pertinho pela MRO desde 2006. Assim, com a altíssima resolução da câmera HiRISE, os cientistas da Universidade do Arizona conseguiram ver, com grandes detalhes, as formações misteriosas que compõem Valle Marineris. Trata-se de uma formação nas rochas de Marte que, além de ser bem maior que o Grand Canyon, é ainda três vezes mais profunda. Entretanto, o maior mistério aqui está em suas origens, que ainda não estão claras para os cientistas.
Ao contrário do Grand Canyon da Terra, é provável que o Valles Marineris não tenha se formado pela ação de fluxos de água durante bilhões de anos, já que o Planeta Vermelho é quente e seco demais para poder ter comportado um rio grande o suficiente correndo pela crosta e esculpindo-a desta forma — mas, por outro lado, pesquisadores da Agência Espacial Europeia (ESA) já apontaram que há evidências de que a ação de água corrente antiga aprofundou alguns dos canais do cânion, de modo que sua formação estaria bastante relacionada a vulcões próximos dali.
É provável que a maior parte dele se abriu bilhões de anos antes em função de atividade vulcânica: segundo informações da ESA, o grupo de vulcões que forma a região de Tharsis estava, inicialmente, se projetando para fora do solo marciano. Então, conforme o magma fluía em bolhas abaixo dos vulcões, a crosta do planeta poderia ter se rachado e sofrido colapso, formando os cânions de Valle Marineris. Além disso, outras evidências sugerem que formações geológicas, fluxos de lava e rios antigos correndo também ajudaram na erosão do cânion durante longos anos.
Fonte: HiRISE, LiveScience