Cosmonautas descobrem que o módulo russo da ISS está "rachando"
Por Danielle Cassita • Editado por Patricia Gnipper |

A Estação Espacial Internacional (ISS) já chega a 20 anos de operação, e o sinal de desgaste mais recente do laboratório orbital foi percebido por cosmonautas a bordo. Segundo informações de Vladimir Solovyov, engenheiro-chefe da empresa russa Energia, novas rachaduras foram identificadas no segmento russo da estação — e ele alertou que elas podem aumentar ainda mais.
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Solovyov afirmou à RIA Novosti, agência de notícias da Rússia, que algumas fissuras superficiais foram encontradas em alguns lugares do módulo Zarya. Este é o primeiro componente da estação, lançado em 20 de novembro de 1998. Além disso, ele alertou que “isso é ruim, e sugere que as fissuras vão se espalhar com o tempo”, mas não mencionou se as rachaduras estavam causando algum vazamento de ar.
Anteriormente, o oficial já havia apontado que grande parte do equipamento da estação está envelhecendo, ressaltando que a estação poderá sofrer uma “avalanche de equipamentos danificados” após 2025. Esta não é a primeira vez que algum componente do laboratório dá sinais de desgaste: em 2019, pequenas fissuras no módulo Zvezda causaram um pequeno vazamento de ar que, após meses de busca, foi selado em outubro de 2020 e março de 2021.
Devido ao período avançado de operação, a ISS está cada dia mais próxima de ser desativada, de modo que deverá se manter em operação até 2024. Além disso, o comentário de Solovyov vem em um momento que a Rússia já mostra algum distanciamento das operações da ISS, e o país já mencionou que poderá abandoná-la para, assim, investir em seu próprio laboratório orbital.