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Cometa Pan-STARRS se aproxima do Sol em abril, mas dificilmente será visível

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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O cometa C/2021 O3 (Pan-STARRS está se aproximando do Sol mas pode não ser visível a olho nu — ao menos não para nós, do hemisfério Sul. Ele acompanhará o Sol durante a maior parte de sua passagem, se pondo no horizonte junto do nosso astro. Mas há alguma chance para quem tiver binóculos ou telescópios.

Apelidado de “Pan-STARRS”, o cometa foi detectado em 26 de julho de 2021 por astrônomos usando o Panoramic Survey Telescope And Rapid Response System, também conhecido como telescópio 'Pan-STARRS', um refletor Ritchey-Chretien de 70,9 polegadas (1,8 metros) instalado em Haleakala, Havaí.

Durante o final de abril e início de maio de 2022, o cometa terá brilho variável, podendo chegar a magnitudes como 4.9. Na escala de magnitudes, quanto menor o número, maior o brilho. O limite para o olho humano é 6, então o Pan-STARRS poderia ser visível na segunda metade de abril. O problema é o Sol.

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Infelizmente para nós, do hemisfério Sul, o cometa estará muito próximo do Sol, mesmo após o crepúsculo. Isso significa que o céu estará muito claro para enxergarmos o pequeno objeto. Mas se você tiver um par de binóculos (50x7 ou 50x10, por exemplo) ou um telescópio, talvez seja interessante ficar atento nos dias 18 a 20 de abril.

Nessas datas, o C/2021 O3 ainda estará acompanhando o nosso astro, mas ficará um pouco acima dele após o pôr-do-Sol. Além disso, estará com magnitude 5.1, o que pode favorecer a observação com instrumentos. Mas não se anime muito: a luz crepuscular ainda estará ofuscando o cometa, que não ultrapassará os 10° acima do horizonte da grade azimutal (o ideal para observações é acima dos 30°).

Em julho, o cometa deve ficar bem mais acima do horizonte durante o início da noite, mas seu brilho cairá para magnitude acima de 14, o que é equivalente ao brilho de Plutão. Assim, apenas donos de telescópios maiores poderão observá-lo. Além disso, é possível que o C/2021 O3 se despedace bem antes.

Sobre o C/2021 O3 (Pan-STARRS)

O novo visitante cometário vem do lado interno da Nuvem de Oort, uma região imensa e gelada do Sistema Solar, muito mais distante do Sol do que Plutão. Os astrônomos suspeitam que a Nuvem de Oort é a fonte de ​​bilhões de cometas como este.

A má notícia é que os cometas dessa região que se aproximam do Sol têm um histórico desanimador — eles se desintegram. Cobertos com material volátil, como nitrogênio congelado, monóxido de carbono e dióxido de carbono, o núcleo pode se separar à medida que esse gelo começa a evaporar, mesmo que ainda esteja relativamente longe do Sol.

Quando a evaporação começa, o cometa ganha um aumento de brilho de curta duração que pode gerar expectativas exageradas, por isso os astrônomos não estão transmitindo muito entusiasmo aos observadores amadores. Cometas como o ISON, em 2013, é um exemplo de como os objetos congelados da nuvem de Oort se desfazem ao se aproximar do Sol.

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Fonte: Space.com