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Colisão entre dois pedaços de lixo espacial pode acontecer nesta quinta (15)

Por| 15 de Outubro de 2020 às 15h45

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Dotted Yeti/Shutterstock.com
Dotted Yeti/Shutterstock.com

Dois pedaços grandes de lixo espacial estão se aproximando e podem colidir na órbita terrestre. Eles estão avançando agora em rota de colisão a uma velocidade relativa de 52.950 km/h, e pode ser que um impacto entre eles ocorra na noite desta quinta-feira (15), às 21h56 (horário de Brasília). Felizmente, não há risco para as populações terrestres, pois os objetos devem se encontrar acima do Oceano Atlântico Sul, perto da costa da Antártida.

Segundo a empresa de rastreamento LeoLabs, a probabilidade de uma colisão é mais de 10%. Pode parecer pouco, mas é um número considerado muito alto. "Este evento continua a ser de alto risco e provavelmente permanecerá assim até o momento de maior aproximação", disse a empresa na última quarta-feira (14), pelo Twitter. Apesar da preocupação, pode ser que os entulhos passem um pelo outro apenas "de raspão".

Jonathan McDowell, astrônomo e rastreador de satélites do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, descobriu que um dos objetos é o estágio de um foguete chinês, enquanto o outro é o remanescente de dos satélites soviéticos da série Parus (ou Kosmos, uma constelação de satélites de comunicação e navegação para uso militar e civil). Juntos, os dois objetos somam uma massa de aproximadamente 2.800 kg.

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Embora uma eventual colisão não apresente riscos a nenhum ser humano, os resultados do impacto poderiam ser muito negativos para a baixa órbita terrestre. É que há tanto lixo espacial por lá, que uma colisão entre objetos desse tamanho pode resultar em um efeito dominó, com os destroços voando em direção a outros entulhos orbitando o planeta. De acordo com a LeoLabs, a colisão poderia resultar em um aumento de 10% a 20% na quantidade de objetos espalhados na órbita.

Já faz um tempo que o problema do lixo espacial é um desafio para as agências, empresas e cientistas que trabalham com a exploração espacial. No mês passado, por exemplo, a Estação Espacial Internacional (ISS) foi obrigada a fazer uma manobra para se desviar de um desses detritos que varam na órbita terrestre. Embora existam algumas propostas interessantes para resolver o problema, ainda não há uma solução para eliminar, de vez, o lixo espacial. Por enquanto, só nos resta torcer para que nada preocupante aconteça.

Fonte: Space.com