Publicidade

Cientistas descobrem que Marte pode ter oceano subterrâneo

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

Compartilhe:
Kevin Gill/Flickr
Kevin Gill/Flickr

Uma equipe de geofísicos encontrou evidências de uma grande reserva de água líquida sob a superfície de Marte. A descoberta veio dos dados sísmicos obtidos pela sonda InSight, da NASA, e sugere que a água é suficiente para abastecer oceanos no planeta. 

A descoberta é uma ótima notícia para os cientistas que estudam o que aconteceu com a água perdida há bilhões de anos lá. Por outro lado, a reserva não vai ser útil para os futuros astronautas que a NASA e outras agências espaciais planejam enviar ao Planeta Vermelho. 

Isso porque a água está nas pequenas rachaduras e poros em rochas no interior da crosta marciana, de 11,5 a 20 km abaixo da superfície. Na Terra, realizar uma perfuração com mais de 1 km de profundidade é uma tarefa difícil; em Marte, o desafio seria ainda maior. 

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

A pesquisadora Vashan Wright e seus colegas trabalharam com os dados da InSight, sonda que passou quatro anos coletando dados sísmicos de Marte. Depois, os dados foram aplicados em um modelo matemático de rochas igual àquele usado para mapear aquíferos e reservas de petróleo na Terra. 

Foi assim que eles concluíram que “os dados disponíveis são melhor explicados por uma crosta média saturada por água” sob o local da InSight. Se a crosta tiver estrutura homogênea ao longo do planeta, então é possível que exista mais água ali do que nos volumes que poderiam preencher os antigos oceanos marcianos. 

Muitas evidências — como leitos de rios e depósitos de antigos lagos — reforçam a hipótese de que já existiu água na superfície de Marte. Isso mudou há mais de 3 bilhões de anos, que foi quando o planeta perdeu sua atmosfera. Já a nova descoberta indica que muito desta água não escapou para o espaço e acabou afundando na crosta. 

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Fonte: Proceedings of the National Academy of SciencesUC Berkeley