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Ciclone polar em Urano é observado pela 1ª vez

Por| Editado por Patricia Gnipper | 23 de Maio de 2023 às 21h14

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NASA, ESA, CSA, STScI, J. DePasquale (STScI)
NASA, ESA, CSA, STScI, J. DePasquale (STScI)

Novas observações de Urano mostram que, assim como outros planetas gigantes do Sistema Solar, suas regiões polares contam com ciclones. Essa é a primeira vez que evidências fortes da presença de vórtices nos polos do planeta são encontradas.

Os cientistas usaram o rádio observatório Very Large Array para descobrir o que as nuvens de Urano escondem, e determinaram que o ar circulando no polo norte do planeta parece ser mais quente e seco do que seus arredores. Esse é um grande indício da presença de um ciclone.

Para a pesquisa, os cientistas aproveitaram que Urano apontou um de seus polos para a Terra, algo que não acontecia nas últimas décadas. Isso ocorre graças à obliquidade do planeta — o fato de estar bem inclinado em relação ao plano do Sistema Solar — e sua posição orbital em relação à Terra.

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Coletadas em 2015, 2021 e 2022, as novas observações revelaram mais sobre as profundezas de Urano do que qualquer outra pesquisa e confirmaram que todos os planetas com atmosfera substancial possuem vórtices polares. A única exceção é Mercúrio, que não possui atmosfera densa o suficiente.

Segundo o estudo, o ciclone de Urano é bem parecido com os de Saturno, observados pela sonda Cassini. Nesses e nos demais planetas gasosos, os vórtices duram muito tempo porque não existe atrito suficiente para freá-los. Outra diferença considerável em relação aos tornados da Terra e Marte, por exemplo, é que os ciclones dos mundos gigantes não flutuam, mas ficam presos nos polos.

Agora, resta saber se esse ciclone é o mesmo observado pela sonda Voyager 2 em 1986, ou se existem vários deles empilhados na atmosfera de Urano. Na ocasião, a espaçonave detectou ventos no centro polar girando mais rápido do que no resto do pólo, mas seus instrumentos de infravermelho não encontraram diferenças de temperatura.

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O artigo descrevendo os resultados foi publicado na revista Geophysical Research Letters.

Fonte: Geophysical Research Letters, NASA