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China lança satélite que estudará fenômenos do Sol diariamente

Por| Editado por Patricia Gnipper | 10 de Outubro de 2022 às 13h18

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Wang Jiangbo/Xinhua
Wang Jiangbo/Xinhua

A China lançou o Advanced Space-based Solar Observatory (ASO-S) no último fim de semana, a partir do Centro de Lançamentos de Satélites de Jiuquan, na Mongólia Interior. Trata-se de um satélite que estudará o Sol e que ajudará a aprimorar as previsões do clima espacial.

Também conhecido como “Kuafu-1”, apelido inspirado em um gigante da mitologia chinesa que perseguia o Sol, o satélite ASO-S foi lançado com um foguete Long March 2D e foi implantado em uma órbita heliossíncrona, a cerca de 720 km acima da Terra. O ASO-S foi projetado para operar por pelo menos quatro anos, produzindo cerca de 500 gigabytes de dados a cada dia.

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A China planeja usar o ASO-S para observar simultaneamente erupções solares e ejeções de massa coronal (CME), para entender melhor as conexões entre estes fenômenos, os mecanismos de formação por trás deles e como são afetados pelo campo magnético do Sol. Ainda, a nave estudará como a energia é transportada através das diferentes camadas da atmosfera solar.

“Os detectores a bordo podem tirar fotos a cada segundos ou minutos, e durante as erupções solares, eles podem aumentar rapidamente a velocidade do obturador para apenas um segundo, para capturar as atividades solares com mais detalhes”, explicou Huang Yu, designer chefe associado do sistema de aplicação científica do ASO-S.

O novo satélite conta com três cargas úteis a bordo, especialmente projetadas para a detecção de atividade solar. A missão ASO-S foi aprovada pela Academia Chinesa de Ciências em 2017, e representa o segundo avanço do país quando o assunto são iniciativas voltadas a exploração e estudos do Sol — o primeiro foi o satélite Xihe, lançado em outubro de 2021.

Fonte: Xinhua