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Casa Branca propõe 12% de aumento no orçamento da NASA para pouso na Lua em 2024

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No final de janeiro, a Câmara dos Estados Unidos apresentou um projeto de lei que alterava o cronograma da NASA relacionado ao novo programa lunar, que impediria o retorno de humanos à Lua em 2024 e adiaria essa data para 2028. Vários cientistas assinaram uma carta pública criticando a proposta, que também mudava os planos para a estação lunar Gateway. Agora, a Casa Branca propôs aumentar o orçamento da NASA para financiar o programa Artemis conforme o que vinha sendo planejado desde o início.

O administrador da NASA, Jim Bridenstine, discursou na segunda-feira (10) sobre a proposta de orçamento da administração Trump, que aumenta em mais de US$ 2,5 bilhões dólares no ano fiscal de 2021. Em contrapartida, o projeto também procura cancelar vários programas de ciência e educação, algo que já foi proposto anteriormente.

Essa nova proposta de orçamento solicita US$ 25,246 bilhões para a NASA no ano fiscal de 2021, que começa no próximo dia 1º de outubro. Isso representa um aumento de 12% em relação aos US$ 22,629 bilhões que o Congresso aprovou para a NASA no ano fiscal de 2020.

Em seu discurso, Bridenstine disse que essa proposta de orçamento para a NASA “é algo digno da exploração e descoberta do século XXI”. O orçamento, enviado diretamente pela administração Trump, fortalece o “programa inovador de exploração espacial humana, mantendo forte apoio ao conjunto completo de trabalhos de ciência, aeronáutica e tecnologia de nossa agência”, disse o administrador da NASA.

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Um dos principais beneficiados desse financiamento adicional será o programa Artemis, que busca levar seres humanos de volta à superfície Lua em 2024, incluindo a primeira mulher a pousar em superfície lunar, só que, desta vez, "para ficar", estabelecendo uma presença sustentável e constante em nosso satélite natural. “Se o apoio do presidente à NASA não era claro antes, deveria ser óbvio agora”, disse Bridenstine, referindo-se indiretamente aos opositores da Câmara que desejam adiar o programa de exploração lunar para 2028.

O orçamento da Casa Branca determina, por exemplo, mais de US$ 3,3 bilhões para o desenvolvimento de sistemas de pouso de astronautas na Lua, projeto que recebeu apenas US$ 600 milhões em 2020. Mas também inclui financiamento de várias outras iniciativas relacionadas ao Programa Artemis - US$ 175 milhões para trajes espaciais, US$ 212 milhões para trabalhos iniciais em rovers e habitats lunares, e US$ 430 milhões para demonstrações de tecnologias como a geração de energia e utilização de recursos naturais da Lua.

“Estamos nos preparando para alcançar marcos fundamentais este ano no desenvolvimento do foguete Space Launch System, da espaçonave Orion e da estação Gateway”, disse Bridenstine. “Eles constituem a espinha dorsal do nosso programa Artemis e são totalmente suportados por esse orçamento. Eles constituem nossa capacidade de construir uma presença lunar sustentável e, eventualmente, enviar missões humanas a Marte”. O orçamento também apoia a exploração robótica de Marte, incluindo a primeira missão de retorno de amostras marcianas da história.

No entanto, a proposta também trazia uma lista de programas que a agência espacial deveria cancelar. Essa é a quarta proposta seguida para fechar o escritório de educação da NASA e cancelar a CLARREO (uma missão de pesquisa com objetivo de quantificar e atribuir com precisão as mudanças climáticas da Terra), além da PACE (missão que observará a cor do oceano, a biogeoquímica global e o ciclo do carbono). Também é a terceira tentativa de cancelar o WFIRST (observatório espacial infravermelho atualmente em desenvolvimento). O Congresso rejeitou os esforços anteriores para cancelar esses programas, que ainda não estão fora de perigo.

Curiosamente, a divulgação desse novo orçamento coincidiu com o "Dia de Ação" organizado pela Sociedade Planetária. A ação levou mais de 100 membros a visitar escritórios do Congresso para pedir apoio ao trabalho da NASA em assuntos como a exploração do espaço e a busca por vida além da Terra.

Fonte: NASA, Space News