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Buracos de minhoca poderiam servir como máquinas do tempo

Por| Editado por Patricia Gnipper | 19 de Julho de 2023 às 10h52

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Genty/Pixabay
Genty/Pixabay

Parece que alguns buracos de minhoca poderiam, teoricamente, permitir viagens no tempo. Em um novo estudo, os pesquisadores da Universidade de Alberta Valeri P. Frolov e Andrei Zelnikov propõem que os buracos de minhoca em anéis não sirvam apenas como portas para outros lugares no universo, mas também para deslocamentos temporais.

Previstos pela teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein, os buracos de minhoca são passagens teóricas pelo espaço-tempo, que seriam como atalhos para jornadas longas pelo universo. Alguns deles podem não ser como túneis, mas sim achatados, como portas que se abrem (teoricamente!) para outro lugar ou até para outro universo.

Este último tipo, conhecido como buraco de minhoca anelar, foi proposto pela primeira vez em 2016. Neste caso, o objeto é formado por um filamento de matéria exótica de energia negativa, capaz de distorcer o espaço-tempo. Portanto, um círculo destes filamentos poderia cumprir o papel de um portal para outra área.

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Nos cálculos de Zelnikov e seus colegas, eles descobriram que um buraco de minhoca do tipo poderia permitir viagens no tempo da seguinte forma: se a entrada dele estiver em um campo gravitacional mais forte que a saída (ou seja, um lado está mais perto de grandes quantidades de matéria, mas o outro, não), a dilatação temporal faria com que cada lado experimentasse a passagem do tempo de diferentes jeitos.

Portanto, se uma pessoa pudesse atravessar o buraco de minhoca e retornasse, ela teria viajado pelo tempo. Entretanto, há limitações, já que a pessoa não poderia voltar ao momento antes de o buraco de minhoca se transformar em máquina do tempo. “Há vários problemas de paradoxos lógicos, mas matematicamente, não há contradições”, disse Zelnikov.

Os desafios não incluem somente os paradoxos envolvidos. “Duvido que exista alguma forma de fazer um filamento com campos de matéria conhecidos, então esta provavelmente não é uma situação fisicamente possível”, sugeriu Aron Wall, da Universidade de Cambridge. “Mas ainda podemos perguntas o que aconteceria”, finalizou.

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Além disso, alguns estudos anteriores sugeriram que, quando alguma estrutura que permita viagens no tempo se forma, os efeitos quânticos iriam destruí-la. Mesmo que o efeito seja confirmado, estudar sistemas do tipo pode ajudar os cientistas a entender melhor os efeitos quânticos e até o universo primordial.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Physical Review D.

Fonte: Physical Review D.; Via: NewScientist