Blecautes de rádio ocorrem após explosão solar intensa
Por Danielle Cassita • Editado por Patricia Gnipper |
Uma intensa explosão de plasma foi emitida por uma mancha solar nesta terça (16) às 13h43, no horário de Brasília, causando blecautes de rádio na América do Sul, Central e do Norte. A mancha responsável pelo fenômeno estava parcialmente escondida atrás do Sol, mas com a rotação do nosso astro, ela vai entrar em nosso campo de visão em breve.
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As explosões solares acontecem quando a energia magnética se acumula na atmosfera do Sol, até que é liberada repentinamente em uma explosão de radiação. Normalmente, elas vêm das regiões com manchas solares, as áreas mais escuras e frias da superfície do Sol.
As explosões são classificadas de acordo com a intensidade: as menos intensas são da classe A, e as mais, da classe X — a que ocorreu nesta semana recebeu classificação M9,6.
Se ela fosse apenas 4% mais energética, seria "promovida" à classe X. Ainda, existe a possibilidade de que a explosão realmente fosse daquela classe, mas como estava parcialmente escondida pela borda do Sol, acabou registrada na M.
Em uma publicação no Twitter, o físico Ryan French acrescentou que a explosão não veio acompanhada de uma erupção solar. "Ao invés disso, o plasma aquecido claramente revela a estrutura de um filamento de fluxo suspenso na atmosfera, mas não entrou em erupção", finalizou.
O fenômeno liberou um forte pulso de raios X e radiação ultravioleta, que levaram menos de dez minutos para alcançar a Terra e ionizaram a camada superior da atmosfera. Como resultado, ocorreram breves blecautes de rádio nas regiões onde era dia.
A mais recente explosão faz parte do aumento na atividade solar durante o 25º ciclo do nosso astro. O esperado é que ela siga aumentando até o máximo solar, nome dado ao pico do ciclo, que deve acontecer em 2025.
Fonte: NOAA, Space Weather; Via: Space.com