Autoridades dos EUA coletam detritos de balão da China e iniciam investigação
Por Danielle Cassita | Editado por Patricia Gnipper | 08 de Fevereiro de 2023 às 13h34
Os militares norte-americanos começaram a recuperar parte dos detritos do balão da China, derrubado por um míssil disparado por um caça F-22 no sábado (4). O balão foi identificado pelas autoridades dos Estados Unidos no fim de janeiro enquanto sobrevoava o território do país.
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Partes do dirigível destruído caíram no litoral do estado da Carolina do Norte, afundando cerca de 14 metros. Apesar de estarem em águas rasas, o mar agitado dificultou o trabalho de recuperação do material, que acabou adiado para segunda-feira (6).
Em um comunicado, o Departamento de Defesa norte-americano informa que, devido às mudanças das correntes marítimas, parte dos detritos podem acabar em praias. Eles acrescentaram que quem identificar algum dos objetos deve informar as autoridades locais, e que não devem tentar recuperá-los por conta própria.
Um oficial afirmou a jornalistas que, por enquanto, ainda não se sabe o que esperar da investigação dos detritos. “Já descobrimos aspectos técnicos deste balão e suas capacidades de vigilância”, observou ele. “Suspeito que, se tivermos sucesso em recuperar parte dos detritos, vamos aprender ainda mais”, finalizou.
Balão da China nos Estados Unidos
O balão foi identificado no espaço aéreo norte-americano no fim de janeiro, enquanto estava próximo do Alasca. Depois, ele seguiu para o Canadá e retornou aos Estados Unidos, seguindo na direção sudeste no país.
Segundo a China, o balão era um dirigível inofensivo com propósitos meteorológicos, que acabou saindo de seu curso acidentalmente. Entretanto, os oficiais dos Estados Unidos descartaram a explicação. Já no início de fevereiro, o presidente Joe Biden solicitou que os militares destruíssem o objeto sem colocar pessoas e estruturas em solo em risco.
Para Iain Boyd, professor de ciências de engenharia aeroespacial da Universidade do Colorado, as explicações dos Estados Unidos e da China não são satisfatórias. “Acho que a verdade está em algum lugar no meio disso tudo”, disse.
Para ele, se for possível recuperar instrumentação suficiente, talvez seja possível saber mais sobre as informações contidas no balão, os dados que foram processados e se algum deles foi enviado à China.
Fonte: BBC, U.S. Department of Defense