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Até 60% dos objetos próximos à Terra seriam cometas escuros

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Reprodução/CoolVid-Shows/Pixabay
Reprodução/CoolVid-Shows/Pixabay

Até 60% dos objetos próximos da Terra (NEO, na sigla em inglês) seriam cometas escuros, nome dado a asteroides que têm ou já tiveram gelo. A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e tem implicações importantes para estudos sobre a origem da água na Terra

Enquanto os asteroides são objetos rochosos e sem gelo que orbitam o Sol, os cometas são corpos gelados envolvidos por um coma e com caudas. Já os cometas escuros são intrigantes, porque combinam características de ambos os objetos. 

No novo estudo, a equipe analisou sete cometas escuros e concluiu que de 0,5 a 60% de todos os objetos próximos da Terra podem pertencer a esta categoria. Os NEO, por sua vez, são cometas ou asteroides que se aproximam da órbita do nosso planeta. 

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No caso, tais NEO não teriam o coma, que é uma estrutura típica dos cometas. Por outro lado, talvez eles tenham vindo do Cinturão de Asteroides, e suas acelerações sugerem a presença de gelo nos objetos por lá. 

Aster Taylor, autor que liderou o estudo, comentou que os astrônomos suspeitam desde a década de 1980 que os objetos no Cinturão de Asteroides têm gelo sob a superfície. “Pode haver mais gelo no Cinturão do que pensávamos, podem existir mais objetos assim lá fora. Essa pode ser uma parte significativa da população mais próxima. Realmente não sabemos, mas temos muito mais perguntas por causa dessas descobertas”, disse. 

Segundo ele, os resultados podem também indicar um possível caminho pelo qual o gelo teria vindo para o Sistema Solar interno. “Ainda não sabemos se esses cometas escuros trouxeram a água para a Terra, não podemos dizer isso”, observou ele. 

Por outro lado, os resultados dão um novo fôlego para o debate sobre a origem da água em nosso planeta. “O trabalho que fizemos mostra que este é um outro caminho para o gelo ir de algum lugar no Sistema Solar ao ambiente da Terra”, finalizou. 

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Icarus.

Fonte: Icarus, University of Michigan