Publicidade

Amostras da Lua coletadas na Apollo 17 revelam hidrogênio

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

Compartilhe:
NASA
NASA

Pela primeira vez, pesquisadores detectaram hidrogênio nas amostras lunares coletadas no programa Apollo. A descoberta foi feita por especialistas do Laboratório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos, e indica que o composto pode ser usado por astronautas em missões lunares no futuro.

Para o estudo, eles trabalharam com a amostra de solo lunar 79221, obtida durante a Apollo 17. O hidrogênio nela parece ter sido formado pelas partículas do vento solar e por impactos de cometas na Lua.

Segundo Katherine Burgess, geóloga que liderou o estudo, o hidrogênio tem potencial de ser um recurso que pode ser usado diretamente na Lua quando houver instalações por lá. “Localizar recursos e entender como coletá-los antes de chegar à Lua vai ser extremamente valioso para a exploração lunar”, acrescentou.

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

O observatório SOFIA, da NASA, revelou durante suas operações que a água na Lua poderia estar presente na forma de gelo em locais nas sombras, perto dos polos. Curiosamente, os astronautas do programa Apollo coletaram amostras da região equatorial, e não dos polos.

Esta não é a primeira vez que amostras da Apollo 17 trazem implicações importantes sobre nosso satélite natural. Em um estudo publicado em agosto, cientistas analisaram cristais na poeira lunar coletada durante a missão, e descobriram que a Lua poderia ser 40 milhões de anos mais antiga do que se pensava até então.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Communications Earth & Environment.

A missão Apollo 17

A Apollo 17, a última missão do programa Apollo, foi lançada em 7 de dezembro de 1972 levando Eugene A. Cernan, Ronald E. Evans e Harrison H. “Jack” Schmitt. Eles pousaram em um local próximo de Mare Serenitatis em 11 de dezembro.

O local foi escolhido com o objetivo de os astronautas coletarem amostras de rochas antigas e procurar evidências de atividade vulcânica recente. Durante a estadia, eles coletaram 110,5 kg de amostras, que incluíam diferentes tipos de rochas e material coletado a três metros de profundidade.

Fonte: Communications Earth & Environment; Via: U.S. Naval Research Laboratory