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3º maior meteorito do Brasil é comprado pela UFRJ e será exposto em museu

Por| Editado por Patricia Gnipper | 13 de Agosto de 2021 às 10h20

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Divulgação/UFRJ
Divulgação/UFRJ

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) acaba de finalizar a compra do terceiro maior meteorito do Brasil. A rocha espacial, com cerca de 4,5 bilhões de anos, integrará a exposição “Memórias da Terra”, do Museu da Geodiversidade, localizado na Cidade Universitária, zona norte do Rio de Janeiro. Com quase a mesma idade da Terra, o meteorito se destaca por ser bem diferente de outros já descobertos e pode fornecer pistas sobre a formação do Sistema Solar.

O meteorito em questão tem mais de 1,3 tonelada e cerca de 75 cm de diâmetro, sendo composto em grande parte por ferro e níquel. A descoberta da rocha foi feita em 1992, mas somente em 2011 foi reconhecida pela comunidade científica internacional — reportada pela Meteoritical Bulletin. Os pesquisadores estimam que a rocha caiu na Terra há mais de mil anos onde, hoje, se encontra a cidade Campinorte, em Goiânia.

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Meteoritos são os fragmentos de rochas espaciais que atravessam a atmosfera e "explodem" como um meteoro. Quando um pedaço sobrevive à queima e cai na superfície, recebe o nome de meteorito. E eles são considerados as “sobras” da obra inicial do nosso sistema planetário — por este motivo, são de grande importância científica. O diretor do Instituto de Geociências da UFRJ, Edson Farias de Mello, explica que os meteoritos guardam a memória dos instantes iniciais da formação do nosso planeta, pois eles permanecem inalterados no espaço.

Para adquirir o meteorito e executar toda a logística necessária para o transporte e espaço para guardá-lo, foi necessário levantar um fundo de R$ 365 mil. Desse total, cerca de R$ 350 mil foi doado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). A campanha virtual também contou com o apoio da Fundação COPPETEC, do próprio Museu de Geodiversidade, da Casa da Ciência da UFRJ e de pesquisadores.

A UFRJ já abriga os dois maiores meteoritos encontrados no Brasil. O primeiro é o Bendegó, seguido pelo Santa Luiza, os quais ficavam expostos no Museu Nacional e sobreviveram ao trágico incêndio que destruiu o Palácio de São Cristóvão, em 2018. A nova rocha espacial agora faz parte do acervo do Museu Nacional, mas ficará emprestada por dez anos para a exposição do Museu de Geociências.

Fonte: Agência Brasil