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35 explosões misteriosas de rádio no espaço intrigam astrônomos

Por| Editado por Patricia Gnipper | 15 de Dezembro de 2023 às 17h21

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ESO/M. Kornmesser
ESO/M. Kornmesser

Há anos, os astrônomos investigam as misteriosas rajadas rápidas de rádio (FRBs), com duração de milissegundos, que vêm de pontos distantes de fora da Via Láctea. São rápidas explosões extremamente brilhantes, com origem e desdobramentos desconhecidos, mas que geram tanta energia num milésimo de segundo quanto o Sol num ano inteiro.

Na maioria das vezes, as explosões misteriosas de rádio são pontuais e únicas. Só que algumas são conhecidas por se repetirem e gerarem outras rajadas subsequentes. Este é o caso da rajada rápida de rádio FRB 20220912A, identificada recentemente pelo Instituto SETI, nos Estados Unidos.

Explosões misteriosas no espaço

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Em estudo publicado na quarta-feira (13) na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, os astrônomos do instituto descrevem o estranho comportamento da FRB 20220912A. Isso porque são explosões mais repetitivas que as anteriormente detectadas.

Em 541 horas de observações com o Allen Telescope Array (ATA), na Califórnia, o equivalente a dois meses de acompanhamento, a equipe contabilizou 35 explosões de origem misteriosa.

A seguir, confira os registros:

Como a maioria dos FRBs repetidos, cada explosão foi de frequências mais altas para frequências mais baixas. Ao converter as frequências das rajadas em notas de um xilofone, os cientistas afirmam que elas soam como um apito cósmico, que é forte nos primeiros segundos e suaviza no final.

Ao analisar a frequência deste evento cósmico, os astrônomos não conseguiram identificar um padrão nos intervalos entre as rajadas, o que reforça ainda mais a natureza imprevisível das explosões.

Qual a origem das rajadas?

No momento, os especialistas ainda não sabem qual é a fonte dessas explosões de rádio. Entre as possíveis hipóteses, é possível sugerir que se originam a partir de magnetares, ou seja, dos núcleos fortemente magnetizados de estrelas mortas. Outra ideia é que surjam a partir de colisões entre estrelas de nêutrons densas ou de anãs brancas em fusão.

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Independente da permanência do mistério sobre as origens, “este trabalho prova que novos telescópios com capacidades únicas, como o ATA, podem fornecer um novo ângulo sobre os mistérios pendentes na ciência das FRBs”, afirma Sofia Sheikh, pesquisadora do Instituto SETI, em nota. Por enquanto, a pesquisa está longe de sua conclusão.

Fonte: The Royal Astronomical Society e arXiv