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Um Pesadelo Americano | Conheça a história real do documentário da Netflix

Por  • Editado por Durval Ramos | 

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No dia 17 de janeiro, a Netflix lança seu novo documentário; Um Pesadelo Americano. Dividido em três episódios, a produção conta a história de um crime real que aconteceu há nove anos atrás, em Vallejo, Califórnia, e ficou conhecido como o caso Gone Girl.

O enredo detalha o sequestro de Denise Huskins, uma jovem que foi surpreendida com a visita de bandidos à sua casa no dia 23 de março de 2015. Na data, o seu namorado Aaron Quinn ligou para a polícia e relatou que a moça havia sido raptada. De acordo com ele, bandidos invadiram sua residência por volta das 3 horas da manhã, os amarraram, drogaram e levaram Huskins como refém. 

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Ao que parece, os objetivos dos criminosos era conseguir dinheiro com o resgate, mas para infelicidade de Aaron, a polícia local não acreditou no seu depoimento e começou a desconfiar que ele próprio havia matado Denise e estava fazendo a denúncia em busca de álibi. Assim, ele se tornou o principal suspeito da investigação.

Tudo mudou, no entanto, quando Denise apareceu na casa de seus pais, dois dias após ter sido raptada. A polícia acreditou que ela e Quinn tivessem armado um falso sequestro e chegou a questioná-la se em algum momento ela realmente esteve em perigo. Na época, a imprensa noticiou o caso comparando-o à história do livro (que virou filme) Garota Exemplar, no qual uma mulher finge o próprio assassinato apenas para incrimiar o seu marido.

O que aconteceu de fato com Denise Huskins?

Mesmo sendo descredibilizada pela polícia dos Estados Unidos, Denise conseguiu provar a sua história posteriormente. O que aconteceu de verdade é que ela foi drogada e levada para o Lago Tahoe, onde ficou em cativeiro e foi agredida várias vezes.

O sequestrador usou um e-mail não rastreável para pedir o resgate para seu namorado e depois de 48 horas a liberou e deixou em Huntington Beach, no estado da Califórnia. O verdadeiro culpado, Matthew Muller, foi preso em 5 de julho do mesmo ano, depois de tentar invadir uma casa em Dublin, no mesmo estado.

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Muller só foi descoberto porque a detetive Misty Carausu percebeu as semelhanças entre o caso de Dublin e o de Denise. 

O pedido de desculpas

Depois do ocorrido e dos fatos terem sido realmente esclarecidos, Denise e Aaron processaram a cidade de Vallejo e concordaram com um acordo de US$2,5 milhões. O pedido de desculpas, no entanto, só veio seis anos depois, quando o Departamento de Polícia da cidade soltou um comunicado formal.

“O caso Huskins Quinn não foi tratado publicamente com a sensibilidade que um caso dessa natureza deveria ter sido tratado, e por isso, a Cidade pede desculpas à Sra. Huskins e ao Sr. Quinn. O que aconteceu com a Sra. Huskins e o Sr. Quinn foi horrível e malévolo.”
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Já o sequestrador, Muller, foi condenado a 40 anos de reclusão em um presídio federal por sequestro e 31 anos por estupro, roubo e invasão.

Um Pesadelo Americano na Netflix

Lançada em formato documental, a série da Netflix é assinada pela mesma equipe por trás de O Golpista do Tinder (2022) e foca nas consequências que uma investigação conduzida por uma polícia mal preparada e uma sociedade que tira as próprias conclusões rápido demais pode trazer para a vida de uma pessoa.

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Depois do ocorrido, Denise e Aaron se casaram em 2018 e tiveram uma filha chamada Olívia. Tempos depois, aos 35 anos, ela publicou o livro Victim F: From Crime Victims to Suspects to Survivors (Vítima F: De Vítimas de Crime a Suspeitos e Sobreviventes).

Quem quiser assistir ao documentário da Netflix, já o encontra no streaming.