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Stranger Things | Filha de Hopper teria final mais trágico em roteiro original

Por| Editado por Jones Oliveira | 11 de Março de 2021 às 13h16

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"Manhãs são para café e contemplação", diz Jim Hopper em uma de suas primeiras cenas em Stranger Things. O xerife é apresentado como um personagem rabugento, mas de grande coração na série, porém atormentado por um triste passado. Interpretado por David Harbour, o detetive já teve uma família feliz e uma vida em Nova York, que sua maior paixão era sua única filha, Sara.

Logo na primeira temporada de Stranger Things é revelado que Hopper perdeu a pequena Sara para o câncer quando ela tinha apenas sete anos. A morte acabou impactando diretamente o casamento do detetive com Diane, que desmoronou quase em seguida. Para lidar com a dor, Hopper voltou para sua cidade natal em Hawkins, Indiana, onde passou a levar uma vida despreocupada, porém vazia, nos anos anteriores aos eventos da série.

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No entanto, como poucos fãs sabem, os Irmãos Duffer possuem um projeto intitulado Montauk, que serviu como itinerário para os roteiros de Stranger Things nascerem. Trata-se de uma trama épica, misturando terror e ficção científica que já foi descrito como uma "carta de amor à era de ouro de Steven Spielberg e Stephen King" e, originalmente, a cidade que dá nome à série seria o ambiente principal da história. Apesar disso, os criadores mudaram para a fictícia Hawkins.

Em Montauk, os Irmãos Duffer trariam um passado muito mais trágico para o detetive Hopper. Ele teria crescido na cidade antes de se mudar para Nova York após se formar no ensino médio e, quando casado, teria perdido Sara num acidente de carro, o que o faria retornar para sua cidade natal, bem como aconteceu em Stranger Things. Se os irmãos Duffer tivessem continuado com a ideia de produzir Montauk, Sara morreria com apenas quatro anos, e não sete.

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Ao longo da história canônica, podemos ver que o fator que mais motivou Hopper a ajudar Joyce Byers a encontrar Will foi justamente a perda de Sara. Essa, por sua vez, é retratada na série por meio de flashbacks, mostrando o detetive e sua ex-mulher durante semanas no hospital acompanhando o tratamento de quimioterapia da filha. Logo após sua morte, para lidar com o luto, Hopper amortece sua dor com bebidas alcoólicas, cigarros e evitando fazer conexões pessoais mais profundas com qualquer pessoa.

Sabendo o que é perder um filho, Hopper se compromete com seu trabalho como xerife de Hawkins indo encontrar Will, mesmo a tarefa envolvendo entrar no Mundo Invertido. O arco do personagem culmina quando ele, acompanhado de Joyce, encontra Will incapacitado e o revive usando técnicas de reanimação cardiorrespiratória, lembrando da cena de Sara morrer enquanto os médicos tentavam reiniciar seu coração.

A mudança de Montauk para Stranger Things impactou no arco de Hopper quase que em sua totalidade. Com a perda de Sara para o câncer, o detetive passou a ter uma jornada emocional mais difícil, mas que também trouxe peso para eventos que, de outra forma, talvez não existiriam.

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A morte de Sara desempenhou um papel igualmente importante na segunda temporada de Stranger Things, após Hopper assumir o papel de pai de Eleven. No episódio final, o detetive entrega um elástico azul de cabelo para Eleven usar no baile da escola, que ele usou no pulso direito por anos como uma forma de se lembrar de Sara. "É algo sutil que fazemos e, de fato, se você assistir a primeira [cena] de Jim Hopper na primeira temporada, ele acorda de manhã e antes mesmo de olhar o relógio, ele toca a pulseira em seu braço", disse David Harbour em entrevista ao Insider, pouco antes da estreia da segunda temporada na Netflix. "É a primeira coisa que ele faz todas as manhãs porque ele nunca quer esquecê-la. Sara e sua morte são o fundamento [de Hopper] para a realidade."

A quarta temporada de Stranger Things ainda está em fase de filmagens e após o final da terceira (principalmente o que envolve Jim Hopper), os fãs estão mais ansiosos do que nunca para seu lançamento, que deve ocorrer ainda este ano.

Fonte: CBR