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Ripley | Por que o livro é considerado um clássico?

Por| Editado por Durval Ramos | 02 de Abril de 2024 às 19h05

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Divulgação/Netflix
Divulgação/Netflix
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Às vésperas de Ripley, nova minissérie de suspense psicológico estrelada por Andrew Scott (Todos Nós Desconhecidos) chegar na Netflix, muito tem se falado sobre O Talentoso Ripley, livro no qual a produção foi inspirada e que é considerado um clássico da literatura.

Escrito por Patricia Highsmith, em 1955, o título foi um sucesso de público e crítica, sendo indicado para o Prêmio Edgar Allan Poe de Melhor Romance e tendo vencido um dos principais prêmio franceses do gênero, o Grand Prix de Littérature Policière como melhor romance policial internacional.

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Tamanho reconhecimento fez com que a história se transformasse em uma série de romances policiais, no qual cada um de seus títulos trazia uma nova “aventura” de fraudes, picaretagens e assassinatos vividos pelo vigarista do título.

Lançados anos depois de sua estreia, os quatro volumes publicados — Ripley Subterrâneo (1970), O Jogo de Ripley (1974), O Garoto que Seguiu Ripley (1980) e Ripley Debaixo D'agua (1991) — não alcançaram o mesmo reconhecimento do primeiro volume, mas se tornaram também bastante conhecidos, a ponto de ganharem adaptações para o cinema e para o rádio.

Um verdadeiro clássico

Passados quase setenta anos da primeira publicação de O Talentoso Ripley e com a série da Netflix batendo à porta, é mais do que natural, portanto, que muita gente se pergunte por que esse livro é tão diferente de outros thrillers já lançados, a ponto de ser considerado um marco para a sua época.

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A resposta, embora não seja unânime, se deve em grande parte à popularidade do protagonista da saga, que embora seja um homem completamente desprezível e criminoso, conseguiu “seduzir” milhares de leitores em todo o mundo dispostos a conhecer seus trambiques e métodos de persuasão. Parece algo banal hoje em dia, mas foi algo bastante cativante na época em que foi publicado originalmente.

Na trama, ambientada na New York dos anos 50, Tom Ripley é um vigarista que ganha a vida trapaceando e enganando os outros. Em um lance de sorte, no entanto, o rapaz cruza o seu caminho com o do magnata Herbert Greenleaf, que oferece um “trabalho” nada comum para o jovem ganancioso: viajar para a Itália e convencer seu filho a voltar para os EUA, onde deve assumir os negócios da família.

A missão, a princípio bastante certeira, ganha outras finalidades quando Ripley começa a se infiltrar cada vez mais na vida de Dickie Greenleaf, se tornando um de seus melhores amigos e indo viver com o rapaz. Uma camaradagem que se torna cada vez mais problemática, assumindo ares de obsessão, e levando Ripley a se envolver em uma história de fraude e assassinato.

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Protagonista possui muitas camadas

Famoso por sua frieza, suas habilidades de personificação e sua obstinação para atingir o que quer, Tom Ripley — ou melhor, a escritora Patricia Highsmith — conseguiu criar um personagem que, embora seja um assassino frio e calculista, é capaz de fazer com que os leitores torçam por ele.

Não à toa, em seus outros romances, Ripley se envolve cada vez mais em falcatruas e crimes abomináveis, conseguindo, no entanto, sempre aos quarenta e cinco do segundo tempo, fugir das garras da polícia e se ver livre para enganar mais pessoas.

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Cheio de camadas, o personagem é quem dita o ritmo da narrativa e, no fim de cada história, o anti-herói que nem sabíamos que queríamos, mas era exatamente do que precisávamos.

Para quem ficou curioso, Ripley, a minissérie da Netflix, estreia na próxima quinta-feira (4). Na data, seus oito episódios serão lançados de uma única vez na plataforma de streaming.