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Por que o Electro de O Espetacular Homem-Aranha 2 deu errado? Relembre

Por| 11 de Outubro de 2020 às 11h00

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A essa altura, se você é fã de filmes de super-heróis, mais especificamente do Homem-Aranha, já deve estar ciente que Jamie Foxx assinou com o Marvel Studios para reprisar o papel do vilão Electro em Homem-Aranha 3 (ainda sem título). Embora o Multiverso do Universo Cinematográfico Marvel (MCU, na sigla em inglês) esteja a caminho, a notícia caiu uma bomba na semana passada.

Isso porque o próprio Foxx confirmou que fará o mesmo papel, o que praticamente também assegura que veremos o Aranhaverso nas telonas. Em Homem-Aranha: Longe de Casa, a Marvel já tinha deixado os fãs com a pulga atrás da orelha ao trazer de volta o J. Jonah Jameson da trilogia de Sam Raimi. E com o Electro de O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro, de Marc Webb, tudo dá a entender que haverá uma mistura de personagens de mundos diferentes.

Dito tudo isso, mesmo que Foxx tenha confirmado que será Electro novamente (em uma postagem que foi apagada posteriormente), fica a dúvida se será uma nova caracterização do vilão ou a mesma versão apresentada anteriormente. Se a escolha for pela segunda opção, pode ser que não tenhamos assim algo brilhante, à altura do talento do ator.

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E você, lembra por que o Electro de Foxx não deu certo em O Espetacular Homem-Aranha 2? Pois então veja abaixo as razões pelas quais o personagem afundou em 2014. Lembrando sempre que, para quem não viu esse filme, o texto abaixo está cheio de spoilers.

Abordagem equivocada

O Homem-Aranha tem uma galeria de vilões que possui origens tão trágicas quanto a sua. Sem a bússola moral de “grandes poderes trazem grandes responsabilidades”, esses antagonistas mostram como seria Peter Parker caso ele se corrompesse. E é por isso que o Amigo da Vizinhança brilha tanto entre seus oponentes.

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A ideia de trazer essa abordagem trágica para Foxx em Electro não foi uma má ideia. O problema que isso não foi executado da maneira adequada. O engenheiro elétrico Max Dillon se parece muito com o Charada de Jim Carrey em Batman Eternamente, como um cientista desprezado pelos superiores e que possui uma obsessão por heróis — veja bem, até o Aldrich Killian de Guy Pearce em Homem de Ferro 3, que apareceu um ano antes que este Electro, tinha uma pegada parecida. Até aí, tudo bem, é possível trazer uma mesma ideia com características diferentes.

Mas o roteiro dedicado a Max é muito raso e a maneira como sua solidão é destacada é um pouco forçada. A equivocada interpretação extremamente caricatural escolhida por Foxx também não ajuda muito. Para piorar a conexão entre o personagem e o Peter Parker de Andrew Garfield, assim como toda a história que liga o Homem-Aranha dessa versão a vários eventos, é pouco verossímil. Há pouco espaço e tempo para que o público sinta empatia por Max, por exemplo. E a razão pela qual Electro nutre o ódio pelo aracnídeo aqui — o fato dele ter esquecido seu nome — soa infantil demais.

Reformulação radical de seu visual

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Já vimos designers de produção de filmes transformarem o visual impraticável de muitos trajes originais dos quadrinhos em obras-primas. Como sabemos, trazer mais utilidade aos uniformes, assim como dar mais sentido ao seu uso e caracterização, não é algo fácil de se fazer em adaptações dessa grandeza. Com o passar dos anos, a indústria evoluiu bastante nesse sentido.

Em 2014, quando O Espetacular Homem-Aranha 2 foi lançado, o cinema de super-heróis já tinha seu próprio gênero e muitos profissionais especialistas nesse setor. Por isso, ficou difícil saber a razão que levou o diretor Marc Webb a mudar radicalmente o visual clássico do Electro dos quadrinhos. Tudo bem que o uniforme original parece espalhafatoso e até circense para os tempos atuais, mas torná-lo parecido como uma “enguia humana” não foi a melhor das decisões.

Para piorar, todas suas expressões exageradas, que tentavam torná-lo um personagem mais palatável para a audiência, vão por água abaixo, pois sua interpretação some em um rosto estranho e desprovido de sentimentos. Os efeitos especiais e sua movimentação o tornaram um vilão difícil até mesmo de ser visto de forma compreensível nas telonas.

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Roteiro não foi amigável com o destino de Electro

Em O Espetacular Homem-Aranha há um certo acúmulo de subtextos que mal se resolvem ou simplesmente não convencem o espectador. Antes de me aprofundar nisso, é preciso destacar que a ideia de tornar tudo na vida de Peter (origens dos poderes, amor por Mary Jane, rivalidade com vilões, sumiço dos pais) de certa forma conectada por eventos, digamos, “não casuais”, soa até interessante inicialmente.

Mas, para tentar fazer tudo isso funcionar, Webb criou um emaranhado confuso e difícil de “desenrolar” em um filme de duas horas, com tantos personagens — vale lembrar que a ideia, na época, era juntar o Sexteto Sinistro. Então, a progressão de Electro como vilão é apressada e pouco inspirada.

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As motivações e a visão trágica sobre Max Dillon, são diluídos em outras histórias paralelas que também não se resolvem satisfatoriamente. O resultado é uma briga final cheia de efeitos especiais, totalmente previsível e, não fosse os espetáculos de saltos, raios e explosões, poderia ser esquecida mais facilmente.

MCU pode “consertar” o Electro

Essa caracterização do Electro deixou um gosto amargo na boca dos fãs, mas a empolgação de Foxx, que é um excelente ator, e as boas escolhas que parceria Sony/Marvel têm feito para o MCU enchem os espectadores de confiança por uma abordagem superior do vilão com o novo Homem-Aranha.

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Desta vez, a trama não vai precisar explicar a origem do Electro e sua própria participação em uma Terra paralela à sua é algo curioso o suficiente para manter os fãs ligados em sua história. Assim, é bem possível que vejamos uma versão muito mais despretensiosa e divertida do que aquela de O Espetacular Homem-Aranha 2.

Homem-Aranha 3 tem lançamento previsto para dezembro de 2021. E você, o que achou dessa escolha? Conta para a gente nos comentários.