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Por que a vida do Homem-Aranha é tão difícil? Marvel explica

Por| Editado por Jones Oliveira | 13 de Setembro de 2022 às 16h20

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Reprodução/Marvel Comics
Reprodução/Marvel Comics
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Mais do que o seu bom humor ou as habilidades aracnídeas, o azar do Homem-Aranha é uma das características do herói. E a Marvel decidiu abordar um pouco da famosa Sorte dos Parker nos quadrinhos ao revelar por que a vida do personagem tem que ser sempre tão sofrida a ponto de ele próprio se questionar se vale a pena seguir em frente.

O tema foi abordado nas páginas de Amazing Fantasy #1000, uma edição comemorativa lançada pela editora para celebrar os 60 anos do Homem-Aranha e que traz algumas histórias que abordam todo o legado do herói ao longo de todo esse tempo e explorando algumas de suas características mais famosas — incluindo as negativas.

E é nesse contexto que a Marvel revelou que o azar que parece sempre permear a vida de Peter Parker não é apenas uma coincidência ou um artifício barato de roteiristas para mantê-lo sempre identificável com o público. Na verdade, todas as desgraças que acompanham Peter estão ligadas ao multiverso e dizem respeito a quem ele é de verdade.

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A Sorte dos Parker

A Amazing Fantasy #1000 traz diversas histórias nesse tom comemorativo, mas é no roteiro de Jonathan Hickman que vemos o azar do Homem-Aranha se tornar parte central da trama. Tudo isso porque o herói acorda cansado de só se ferrar e decide ir atrás de respostas para explicar tanta desgraça na sua vida.

Quem acompanha as HQs da Marvel já sabe que o Amigão da Vizinhança já passou pelo pão que o diabo amassou — em alguns casos, de forma quase literal. Ele teve seu casamento apagado da existência após um pacto com Mephisto, viu seu primeiro amor morrer em seus braços, descobriu Gwen Stacy o traiu com Norman Osborn e teve um casal de gêmeos, viu a tia May morrer algumas vezes até ser substituída por uma atriz por longos anos. Isso sem falar da sua filha desaparecida e das tentativas de cloná-lo.

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Com tanta coisa ruim na bagagem, a história começa com Peter indo até o Quarteto Fantástico para acessar um portal que abre as portas do multiverso. A ideia é simples: encontrar suas variantes de diferentes realidades, em uma espécie de “Conselho dos Parker” e saber como é a vida em outros universos.

Em uma fala bastante emocionada e que mostra o quanto carregar esse fardo de poder e responsabilidade é exaustivo, o herói desabafa estar cansado de sempre ter que dar dois passos para trás sempre que tenta dar um para frente e o quanto é exaustivo viver constantemente com essa sensação de que está sempre derrotado. Mais do que isso, ele revela que não sabe o quanto mais consegue suportar isso.

E é quando o Peter da Terra-616 é confrontado com a dura realidade: é o sofrimento que faz dele um Homem-Aranha — e que essa é uma constante em todo o multiverso.

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Na história, os outros Homens-Aranhas explicam que todos eles também passaram por situações muito traumáticas em suas realidades e que a Sorte dos Parker parece ser uma constante no multiverso. E é quando eles explicam que é justamente suportar o peso de todas essas desgraças e ainda seguir em frente, salvando o dia mais uma vez, é que o difere de qualquer outro herói.

Sempre em frente

Essa é uma explicação bem semelhante daquela que a gente viu tanto em Homem-Aranha no Aranhaverso quanto em Homem-Aranha: Sem Volta para Casa. Nos dois filmes, versões do personagem vindas de outras realidades pontuam que a perde de pessoas amadas é algo que faz parte da gênese deles e também a grande força-motriz que os motiva a seguir em frente, mesmo quando tudo parece perdido.

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Assim, o que a Marvel fez com Amazing Fantasy #1000 foi ecoar esse discurso e estabelecer de uma vez por todas aquilo que torna o Homem-Aranha único: sua resiliência. O fator heroico do personagem não são seus poderes ou habilidades sobre-humanas, mas a capacidade de se doar ao outro — um cidadão de Nova York, à cidade inteira ou mesmo ao mundo — mesmo depois de apanhar incessantemente da vida ou de saber que esse ato de altruísmo trará consequências terríveis para si.

Essa é a tônica central do Homem-Aranha ao longo desses 60 anos e que a edição comemorativa apenas escancara. Afinal, embora os roteiristas da Marvel pareçam ter uma predileção bastante sádica por ver Peter se ferrando sempre que possível, o Amigão da Vizinhança sempre seguiu em frente em prol desse bem maior — vivendo esse eterno sacrifício que caracteriza o herói.