Obi-Wan Kenobi | Entenda o final da temporada e como ela se conecta com a saga
Por Durval Ramos • Editado por Jones Oliveira |
Obi-Wan Kenobi terminou fazendo vários acenos aos fãs de Star Wars. São diferentes referências a eventos dos filmes, além de falas e outras brincadeiras com o que já sabemos da saga. E embora a gente ainda não saiba se teremos uma segunda temporada vindo aí, o fato é que a trama deixou várias pontas soltas.
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Para quem acompanha a franquia há tempos, esses pontos em aberto são conexões com aquilo que ainda está por vir. Só que, se você não é um fã tão apaixonado assim pela saga dos Skywalker, muita coisa deve ter passado batida, principalmente em relação ao modo como os personagens terminam a história.
E se você não acompanha os filmes, séries e animações relacionados ao universo de Star Wars, é mesmo difícil conectar todas essas peças — ainda mais quando essa galáxia muito distante segue em constante expansão.
O que Obi-Wan foi fazer no deserto
A grande cena final de Obi-Wan Kenobi é, sem sombra de dúvidas, a ida do herói ao deserto de Tatooine. Vemos o Jedi, interpretado por Ewan McGregor, reencontrando seu mestre Qui-Gon Jinn (Liam Neeson) enquanto parte para o cânion de Beggar — o mesmo lugar em que Anakin corria de pod quando era criança.
Na cena, Qui-Gon chama seu antigo padawan e diz que eles têm um longo caminho pela frente enquanto vemos o protagonista indo a fundo no deserto de Tatooine. Mas o que isso significa?
A gente sabe que, em Uma Nova Esperança, Obi-Wan ainda vai estar vivendo no meio da areia como um eremita maluco — da mesma forma que ele começa a série, diga-se de passagem —, com a diferença de que vai encarnar muito mais a figura do velho sábio. Tanto que, na sua luta final contra Darth Vader, ele simplesmente se torna um com a Força e depois passa a aparecer em forma astral para ajudar Luke.
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E o que o final de Obi-Wan Kenobi sugere é que esse nível de poder e entendimento sobre a Força é algo que surge dessa peregrinação que ele tem a partir daqui. De forma bem simples, é quase como se o herói tivesse ido treinar nesse isolamento para poder transcender.
Essa ida ao deserto para se conectar com uma força maior é uma imagem bastante conhecida do nosso imaginário e faz um paralelo bem direto entre Star Wars e a própria Bíblia — algo que sempre foi marcante dentro da franquia ao longo de todos esses anos. Tudo isso também ajuda a construir o Obi-Wan que conhecemos dos filmes originais.
O embrião da Aliança Rebelde
Um ponto que é abordado de forma muito superficial na série é o tal Caminho, o grupo que ajuda Jedi exilados e pessoas sensíveis à Força a escaparem dos olhos do Império. Eles aparecem bastante como o grupo que auxilia Obi-Wan na busca por Leia, mas o papel desse pessoal como forma de resistência é algo que é tratado muito rapidamente.
E seria muito interessante ver mais desse grupo, até porque são eles que vão dar origem à Aliança Rebelde que conhecemos. Nos episódios finais da temporada, Obi-Wan reforça algumas vezes como o trabalho desses insurgentes é fundamental para manter a esperança viva em tempos tão sombrios e que as pessoas precisam de líderes para guiá-las nesse momento — algo que vamos ver acontecer não muito tempo depois.
Embora a conexão entre o Caminho e a Aliança não seja tão direta assim — ao menos pelo que sabemos até agora —, esse espírito que os rebeldes apresentam em Obi-Wan Kenobi é o que vai servir de combustível para a criação da Aliança Rebelde clássica, conforme é mostrado em Star Wars: Rebels.
A primeira temporada de Obi-Wan Kenobi está no catálogo do Disney+ e conta com seis episódios.