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O Livro de Boba Fett | Voz de Luke Skywalker foi totalmente feita em computador

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Reprodução/Lucasfilm
Reprodução/Lucasfilm
Luke Skywalker

O sexto episódio de O Livro de Boba Fett pegou todo mundo de surpresa quando trouxe, além do pequeno Grogu, o retorno de Luke Skywalker como parte fundamental da história e com uma participação bem grande. Contudo, ao contrário do que muita gente pode ter pensado, a volta do personagem tem muito menos de Mark Hamill do que os fãs gostariam de acreditar.

Isso porque praticamente nada no personagem foi feito pelo ator. Como já tínhamos visto na segunda temporada de The Mandalorian, a Lucasfilm usou um dublê para fazer a movimentação do herói e usou a tecnologia de deepfake para substituir o rosto pelo de Hamill mais jovem, como na época de O Retorno de Jedi. Contudo, o que chamou a atenção agora é que, desta vez, nem a voz o ator precisou fazer.

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Em entrevista à Esquire, Jon Favreau explicou que a produção praticamente sintetizou todos os diálogos de Luke no computador usando falas antigas da Hamill em outros filmes da saga Star Wars. De acordo com o showrunner, a equipe de edição de som tinha à disposição um vasto material de arquivo com a voz do ator e isso foi colocado em uma rede neural que processa esses dados e aprendeu a simular seu jeito de atuar.

No documentário Disney Gallery: The Mandalorian, disponível no Disney+, é demonstrado como essa tecnologia funciona. Segundo o editor de som Matthew Wood, eles usaram gravações originais feitas durante a primeira trilogia de Star Wars, isolaram a voz de Hamill e colocaram dentro do sistema, que passa a cortar as falas necessárias e a encaixá-las para simular a voz do ator.

Se por um lado isso é incrível por mostrar o quanto a tecnologia pode mesmo tornar alguém imortal nos cinemas, esse Luke Skywalker mais jovem causou muito desconforto entre os fãs. Isso porque, embora ele fosse igual e tivesse a mesma voz de Hamill, o jeito de falar não era o mesmo. Como muita gente apontou nas redes sociais, as falas do personagem soaram artificiais e sem emoção — do jeito que se espera de um robô.

Isso porque a tecnologia ainda não é capaz de recriar os pequenos nuances da voz humana — inflexões causadas por uma emoção, uma mudança de tom quando uma pergunta é feita —, o que fez com que o Luke de O Livro de Boba Fett tivesse um único tom. E isso é bastante irônico, levando em conta que Hamill é um excelente dublador, sendo o responsável pela voz do Coringa e do Esqueleto, por exemplo.

E isso fica evidente na série, ao contrário de The Mandalorian, pelo fato de Luke ter muitas falas com Grogu. Como o bebê Yoda só gesticula e faz barulhinhos fofinhos, o episódio da série foi basicamente um monólogo desse falso Skywalker, o que evidenciou a artificialidade das coisas.

Fonte: Esquire, Slashfilm