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5 novelas que merecem remake como Pantanal

Por| Editado por Jones Oliveira | 04 de Junho de 2022 às 19h30

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TV Globo
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O sucesso de Pantanal é a prova definitiva de que remake de novela também funciona muito bem na TV brasileira. Da mesma forma que a onda saudosista pegou filmes e séries, os noveleiros também gostam de revisitar alguns clássicos e ver velhas histórias ganhando uma roupagem mais moderna e adequada aos tempos atuais — isso tudo sem perder sua essência.

É claro que a trama de Jove e Juma não é a primeira refilmagem da teledramaturgia brasileira, mas é uma das mais exitosas. Basta ver a comoção nas redes sociais diante de cada acontecimento na trama. É um resgate que pegou tanto os fãs da versão original quanto um público que nunca tinha ouvido falar da mulher que virava onça.

Por isso mesmo, é natural que haja um entusiasmo tanto por parte dos fãs de novela quanto desse pessoal que está chegando agora em ver alguns clássicos da TV sendo revisitados da mesma forma que Pantanal. E vamos combinar que não faltam boas histórias para serem revistas em remakes assim.

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Então, pegando carona na chalana do hype e da nostalgia, o Canaltech lista 5 novelas que merecem uma nova versão.

5. O Rei do Gado

Pantanal é apenas um dos vários sucessos no currículo de Benedito Ruy Barbosa e o sucesso do remake mais recente fez o pessoal pedir por outro grande clássico do autor: O Rei do Gado. A história de Bruno Mezenga é lembrada pelo público até hoje e, mesmo depois de 26 anos de sua exibição original, segue sendo cultuada por gerações de noveleiros.

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E vamos combinar que a sua estrutura encaixa perfeitamente em um remake. Assim como Pantanal, a trama também é ambientada em um cenário mais rural que carrega toda essa aura bucólica e escapista das grandes cidades — quase como se pertencesse a outro mundo. É o tipo de coisa que ajuda a tornar essa história atemporal.

É claro que a refilmagem exigiria alguns ajustes. Parte do roteiro é bem datado, ligando os personagens ao ciclo do café no início do século XX e até à Segunda Guerra Mundial. Contudo, são ajustes pontuais apenas na primeira fase da novela, já que a segunda parte seria totalmente centrada na história de Bruno com Luana Berdinazzi.

Aliás, assim como acontece com Pantanal, o remake seria uma ótima forma de discutir pontos importantes, como a própria questão agrária e movimentos sociais. Tudo isso embalado nesse conflito meio Romeu e Julieta que segue eterno.

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De quebra, a gente poderia muito bem ver um retorno de Antônio Fagundes ao elenco, mas desta vez vivendo o ranzinza Geremias Berdinazzi, seu rival na versão original. Seria uma bela homenagem tanto ao ator quanto a Raul Cortez, o antigo intérprete do personagem, falecido em 2006.

Vale pontuar ainda que Pantanal já vem fazendo várias pequenas referências a O Rei do Gado, principalmente ao transformar o nome Mezenga em uma marca de roupa usada pelos peões. Assim, não seria absurdo imaginarmos uma referência mais direta surgindo no futuro.

4. A Indomada

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Como dito, parte do sucesso do remake de Pantanal está no fato de a novela tirar o público do corre-corre da cidade grande e levá-lo para um mundinho de realismo fantástico em que mulheres viram onça e os causos são o que movem a imaginação das pessoas. E, nessa mesma pegada, A Indomada teria o mesmo efeito de encantar uma nova geração.

A novela de Aguinaldo Silva foi ao ar em 1997 e era quase inteiramente ambientada em uma cidade fictícia que respondia às suas próprias regras, longe do ritmo urbano da maioria das histórias. A pequena Greenville misturava os costumes nordestinos com uma pegada britânica que era bem peculiar e abria espaço para personagens bem peculiares, como Scarleth (Luiza Tomé) e Dorothy (Flávia Alessandra).

Isso abre espaço para um realismo fantástico que tem sido pouco explorado nas novelas atuais e que funcionaria muito bem em um remake. Já imaginou uma figura como o Cadeirudo dando as caras na TV na era das redes sociais? Tem tudo para dar certo.

3. Tieta

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Seguindo essa mesma linha de “cidade no Nordeste que parece viver um ritmo diferente do resto do mundo”, Tieta é outro clássico que exige um remake. Até porque a história é a típica jornada de vingança que a gente gosta tanto e recheada de personagens marcantes, como a própria Tieta e sua irmã Perpétua.

A trama é simples: a protagonista é expulsa de casa por ser considerada liberal demais em um contexto ultraconservador. Assim, ela vai embora para São Paulo e retorna 25 anos depois, rica, poderosa e obstinada a se vingar de todos que a humilharam no passado.

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Não tem como essa história dar errado, até porque é fácil fazer alguns paralelos bem pertinentes da história original — exibida pela primeira vez na TV em 1989, mas inspirada no livro de Jorge Amado — e o momento atual do país. É o tipo de contexto que exige uma personagem como Tieta.

Além disso, há toda uma aura em torno da protagonista que faz com que a própria escolha da nova atriz seja um evento — muito semelhante ao que aconteceu com Juma em Pantanal.

2. Mulheres de Areia

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Mais do que um mocinho, uma boa novela depende muito de um vilão icônico. E o que dizer quando essas duas figuras são irmãos gêmeos? A ideia dos irmãos antagônicos é um arquétipo que sempre funciona muito bem e que foi eternizado na nossa teledramaturgia com Mulheres de Areia. Afinal, já se passaram quase 30 anos de sua exibição e a gente ainda sabe que Raquel é má.

E tudo isso porque essa rivalidade entre irmãs é algo que funciona bem — basta ver como A Usurpadora segue sendo reprisada à exaustão —, ainda mais se a escalação do elenco conseguir alguém tão carismática e versátil quanto Gloria Pires para viver Ruth e Raquel. Isso sem falar do Tonho da Lua, que é um personagem que conquistou o coração dos brasileiros com seu jeito simples.

Assim, o remake teria a oportunidade de aparar algumas arestas da trama original de Ivani Ribeiro ao mesmo tempo em que moderniza algumas discussões — como o próprio tratamento dado a Tonho da Lua.

1. Roque Santeiro

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Considerada por muitos como a maior novela de todos os tempos, pensar em um remake de Roque Santeiro é ousado pelo simples fato de a original seguir perfeita até hoje. Contudo, a história do homem que se tornou santo em sua cidade após ser dado como morto e que retorna anos depois para acabar com o mito criando em torno de seu nome é algo que se encaixa perfeitamente nos tempos atuais.

E ela tem tudo aquilo que pontuamos aqui como chaves do sucesso: ela se passa em um mundinho à parte do nosso, brinca com realismo fantástico como ninguém — há até uma caçada a lobisomem —, traz vários debates sociais que seguem relevantes e uma galeria de personagens memoráveis. De Sinhozinho Malta à Viúva Porcina, toda a mitologia da cidade de Asa Branca segue eterna.

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Isso sem falar que a novela é obra de Dias Gomes, um dos maiores autores brasileiros e cuja obra carrega um peso histórico muito importante no país. Responsável por clássicos como O Pagador de Promessas e O Bem Amado, ele sempre retratou questões sociais em seus trabalhos de forma bastante incisiva e icônica. Não por acaso, a primeira tentativa de exibir Roque Santeiro na TV, em 1975, foi censurada pela ditadura militar.

Assim, diante de todo esse peso histórico, um remake de Roque Santeiro não é só uma bela homenagem a uma das maiores novelas que o Brasil já fez, mas também um grande resgate histórico.