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Hotel Cecil: as tragédias do hotel que é tema da nova série da Netflix

Por| 05 de Fevereiro de 2021 às 21h00

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Divulgação: Netflix
Divulgação: Netflix
Tudo sobre Netflix

Um dos maiores mistérios recentes dos Estados Unidos virou tema da mais nova série documental da Netflix. Em Cena do Crime - Mistério e Morte no Hotel Cecil, vamos conhecer melhor a história do trágico fim da jovem canadense Elisa Lam, de apenas 21 anos, que em 2013 se hospedou no Hotel Cecil, em Los Angeles, desapareceu e teve seu corpo encontrado na caixa d'água do local. Ninguém sabe como isso aconteceu.

Desde a época do acontecimento, eventualmente o caso viralizou nas redes sociais, apresentando os únicos vestígios existentes, que são capturas de câmera de segurança do elevador do hotel. Nas imagens, a estudante aparece nitidamente perturbada, como se estivesse fugindo de alguém e tentando se esconder, mas nenhuma outra pessoa é vista, reforçando teorias sobre o Hotel Cecil ser amaldiçoado e mal-assombrado. Isso, inclusive, é reforçado constantemente porque Elisa Lam não é a única pessoa que teve um final trágico ao se hospedar no local.

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Inaugurado ainda em 1927, ao menos 16 mortes assustadoras estão relacionadas ao Hotel Cecil, o que também deve ser abordado na série documental. O local abriu, inicialmente, para receber pessoas da elite e celebridades, e o que era para ser um local repleto de luxo e glamour se tornou sinônimo de terror. Lá, pessoas foram assassinadas e outras mortes misteriosas aconteceram, chegando a se tornar a casa do famoso assassino em série Night Stalker, que recentemente também teve sua história contada na Netflix.

Para entender melhor o motivo de o Hotel Cecil ser tão perturbador, o Canaltech listou os crimes, mortes e mistérios mais bizarros que aconteceram por lá, também deixando você preparado para maratonar Cena do Crime - Mistério e Morte no Hotel Cecil na Netflix.

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Elisa Lam

Para começar, vamos entender melhor o que aconteceu com Elisa Lam, a abordagem principal do documentário. A jovem estudante estava fazendo uma viagem pela costa oeste dos Estados Unidos, parando na Califórnia, mais precisamente em Los Angeles. A intenção da viagem era se desconectar do mundo real, uma vez que ela sofria de depressão e seu desempenho na universidade não estava sendo dos melhores.

Os planos da jovem eram passar quatro noites hospedada no hotel, deixando-o no dia 31 de janeira. Elisa publicou diversos relatos e fotos da viagem no Facebook e no Tumblr, mostrando todos os pontos turísticos pelo qual passou, participando até da plateia de um programa de televisão. No mesmo dia em que deixaria o hotel, Elisa foi vista em uma loja de livros e, na sequência, no lobby do Cecil. Depois disso, ela simplesmente desapareceu.

Uma semana depois, no dia 6 de fevereiro, a polícia de Los Angeles comunicou à imprensa o desaparecimento da turista, divulgando uma foto recente para ajudar nas buscas. A família de Elisa percebeu o seu sumiço no dia seguinte ao desaparecimento, em 1ª de fevereiro, pois ela fazia contato com a família todos os dias. No dia 6, os familiares já estavam na Califórnia em busca da filha, tamanha a preocupação.

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O dia 13 de fevereiro foi quando o vídeo perturbador de Elisa no elevador foi divulgado, trazendo imagens dos seus últimos momentos em vida. As imagens estão datadas próximo à meia-noite do dia 31 de janeiro, com o vídeo inteiro durando três minutos e 59 segundos. Lam está usando um moletom vermelho de capuz e chinelos, olhando para os números do elevador de perto, apertando os botões e esperando ele se mover. Até então, a única coisa incomum do vídeo é que ela está sem seus óculos, que usava constantemente, o que justifica a aproximação dos olhos dos botões.

A porta do elevador nunca fecha, fazendo com que ela dê um passo à frente e olhe para os lados de forma tão exagerada que até parece que está atuando em um filme ruim de terror. Ela vê algo que a assusta e, então, volta para dentro do elevador e se esconde no canto direito. Segundos depois, ela volta a olhar para fora e sai do elevador, dando passos estranhos até sair parcialmente do alcance da câmera.

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Ela retorna e começa a apertar todos os botões do elevador, mas a porta nunca fecha. Elisa sai do elevador novamente e começa a gesticular de forma assustadora, balançando os braços como se estivesse conduzindo uma ópera, mas deixando as mãos e dedos bem abertos. Os movimentos estranhos acontecem por alguns segundos, até que ela sai pela esquerda do corredor, sem nunca mais ser vista em vida. Assim que ela some da visão da câmera, o elevador fecha.

O vídeo pode ser assistido abaixo, mas as imagens podem ser um pouco chocantes para pessoas sensíveis e que acreditam que o caso se trata de algo sobrenatural. Aperte o play por sua conta e risco.

Cinco dias após a divulgação do vídeo e diversas teorias começarem a se espalhar pela internet, os hóspedes do Hotel Cecil começaram a reclamar à gerência que a pressão da água estava baixa, enquanto outros diziam que o gosto da água estava estranho. Alguns chegaram a relatar que a água estava saindo com a cor preta por alguns segundos após a torneira ser aberta. Foi quando o hotel enviou profissionais para verificarem o que estava acontecendo com a caixa d'água. Mas o que eles encontraram lá foi assustador: um cadáver.

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Suspeitava-se, claro, de que se tratava do corpo de Elisa, o que foi confirmado dois dias depois, após a necrópsia. O cadáver da jovem estava no fundo da caixa d'água, nu e com as roupas vistas no vídeo próximas a ela. A abertura da caixa d'água era tão pequena e impossível de entrar que foi preciso fazer um corte no fundo para que ela fosse retirada, o que levou horas. Esse detalhe deixa o caso mais bizarro ainda. As suspeitas eram de que o corpo estava lá fazia dias e que se tratava de um assassinato, mesmo que não houvesse marcas de agressão no corpo. Todas as hipóteses para o que aconteceu são sem sentido e deixaram o caso sem solução até hoje.

Outras tragédias

A morte misteriosa de Elisa também é relacionada ao sobrenatural, uma vez que o local já foi cenário de diversas mortes trágicas, envolvendo desde suicídio a assassinatos, seja em seu interior ou nos arredores. Veja quais são:

  • A primeira tragédia do hotel aconteceu em 1931. No dia 19 de novembro, um homem de 46 anos chamado W.K. Norton foi encontrado morto no seu quarto após ingerir cápsulas venenosas;
  • Quase um ano depois, em setembro de 1932, Benjamin Dodich, de 25 anos, se matou com um tiro na cabeça;
  • Já em julho de 1934, Louis D. Borden, de 53 anos, foi encontrado morto no Cecil Hotel por ter cortado a sua garganta com uma lâmina de barbear. Em carta de despedida, ele disse que havia feito aquilo por ter uma saúde precária;
  • Em março de 1937, Grace E. Magro caiu da janela do nono andar, mas nunca foi explicado se o caso foi um assassinato ou suicídio;
  • Dois anos depois, o oficial da Marinha Erwin C. Neblett, de 39 anos, foi encontrado morto no hotel pela ingestão de veneno;
  • Em setembro de 1944, Dorothy Jean Purcell, uma jovem de 19 anos, se hospedou no Hotel Cecil com o seu namorado, Ben Levine, de 38 anos. A jovem, dizendo não saber que estava grávida, teve o bebê no banheiro, um menino, e acabou o jogando pela janela. Alegando insanidade, ela não foi condenada por assassinato;
  • Em novembro de 1947, Robert Smith, de 35 anos, se matou pulando de uma das janelas do sétimo andar do hotel;
  • Também em 1947, a famosa atriz Elizabeth Short, conhecida também como The Black Dahlia, não morreu exatamente no hotel, mas foi o local em que ela foi vista pela última vez antes de ser brutalmente assassinada. O caso é um dos mais misteriosos da história;
  • No dia 11 de fevereiro de 1962, uma mulher de 50 anos, Julia Frances Moore, pulou da janela do oitavo andar;
  • No mesmo ano, no dia 12 de outubro, Pauline Otton, de 27 anos, pulou da janela do nono andar do hotel e acabou caindo em cima de um pedestre. George Gianinni, de 65 anos, também morreu;
  • Em junho de 1964, uma operadora de telefonia aposentada foi encontrada por um dos funcionários do hotel morta em seu quarto. Ela havia sido estuprada e esfaqueada, e o quarto foi saqueado. Uma pessoa chegou a ser presa como principal suspeita do crime, mas foi liberada e o caso segue sem solução;
  • Em 1975, no dia 20 de dezembro, uma mulher de 23 anos, nunca identificada, pulou do 12º andar do Hotel Cecil. Ela deu entrada no local sob o nome falso de Alison Lowell;
  • No ano de 1992, no dia 1° de setembro, um homem que nunca foi identificado pela polícia foi encontrado morto em um beco atrás do hotel; há suspeitas de que ele pulou ou foi jogado do 15º andar do Cecil;
  • Em junho de 2015, uma mulher de 28 anos foi encontrada morta do lado de fora do hotel, também com a suspeita de ter pulado ou sido jogada pela janela.
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Mesmo com todos esses casos, o Hotel Cecil continua funcionando normalmente. Para tentar não assustar os hóspedes, o hotel trocou o nome da sua fachada para Stay on Main. A série documental Cena do Crime - Mistério e Morte no Hotel Cecil estreia na Netflix no dia 10 de fevereiro. Assista ao trailer:

Com informações de: Matter, Lessons from History