Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Os 10 melhores filmes do Studio Ghibli

Por| Editado por Durval Ramos | 01 de Março de 2024 às 12h50

Link copiado!

Divulgação/Studio Ghibli
Divulgação/Studio Ghibli

É impossível falar sobre animações e não citar o Studio Ghibli. Fundado em 1985 por Hayao Miyazaki, Isao Takahata, Toshio Suzuki e Yasuyoshi Tokuma, o estúdio japonês lançou alguns dos mais importantes filmes do gênero, se destacando não apenas pela preservação dos métodos tradicionais de animação, mas também pela profundidade de suas histórias.

Referência na indústria desde O Castelo no Céu — seu primeiro título oficial, lançado em 1986 —, o Studio Ghibli ficou marcado por ter traços muito característicos, que se destacavam das produções hollywoodianas tanto no estilo quanto no próprio visual, o que ficou ainda mais evidente à medida que o Ocidente apostou cada vez mais no 3D. Além disso, ele ganhou fama pelas muitas camadas que apresentava em suas obras e que quase sempre traziam importantes metáforas e simbolismos sobre a vida.

Continua após a publicidade

Nesses quase quarenta anos de indústria, a empresa lançou longa-metragens muito populares, como é o caso de O Castelo Animado — filme que faturou US$ 235 milhões em bilheteria mundial — e A Viagem de Chihiro, título que ganhou status de obra-prima e foi vencedor do Oscar 2003 de Melhor Animação, desbancando a toda-poderosa Disney.

Para conhecer os principais títulos lançados pelo estúdio, que sempre explorou temas densos e muitas vezes diretamente ligados à cultura oriental, o Canaltech listou os 10 melhores filmes do Studio Ghibli. Para quem ficou curioso em dar play nas produções, elas estão disponíveis na Netflix, com exceção de Túmulo dos Vagalumes e O Menino e a Garça.

10. Porco Rosso: O Último Herói Romântico

Continua após a publicidade

Baseado no mangá do mestre Hayao Miyazaki e dirigido pelo próprio animador, um dos mais lendários da indústria, Porco Rosso: O Último Herói Romântico conta a história de Marco Pagot, um ex-piloto da Força Aérea Italiana.

Bastante habilidoso, o veterano de guerra é transformado em um porco antropomórfico devido a uma maldição e, a partir daí, passa a trabalhar como caçador de recompensas, enfrentando piratas aéreos. Nessa jornada, ele vive muitas aventuras, que ficam ainda mais agitadas quando seus alvos decidem se juntar e contratar um piloto para duelar com ele.

Lançado em 1992, Porco Rosso é ambientado na Itália, no período entre guerras, e difere um pouco de outras tramas do Studio Ghibli pelo seu tom mais sério — o que não impede momentos de humor e até algumas pitadas de romance.

9. O Conto da Princesa Kaguya

Continua após a publicidade

Lançado em 2013, O Conto da Princesa Kaguya é um filme de drama e fantasia que demorou oito anos para ser produzido. Dirigido por Isao Takahata, ele foi o último projeto do co-fundador do estúdio, que faleceu em 2018, aos 82 anos de idade.

Baseado na fábula japonesa O Conto do Cortador de Bambu, o filme gira em torno de uma bebezinha que é encontrada em um tronco de bambu e, com o tempo, se torna uma linda jovem. Toda essa beleza faz com que a garota passe a ser cobiçada por cinco figurões — sendo um deles o imperador do Japão —, e coloque seus pretendentes em enormes enrascadas, aprontando de tudo para evitar o casamento.

Indicado ao Oscar de Melhor Animação, o título deteve por muitos anos o posto de longa-metragem mais caro da história do Studio Ghibli (foram US$ 49 milhões investidos em sua produção), até ser ultrapassado em 2023 por O Menino e a Garça.

Continua após a publicidade

8. O Serviço de Entregas da Kiki

Uma das animações de fantasia mais famosas do Studio Ghibli, O Serviço de Entregas da Kiki chegou em 1985 aos cinemas.

Inspirada por um livro homônimo escrito por Eiko Kadono, a produção conta a história de Kiki, uma jovem bruxa que, ao completar 13 anos, decide seguir a tradição de seu povo e sair de casa para descobrir sua verdadeira vocação. Na cidade para a qual se muda, a garotinha e o gato Jiji buscam completar seu treinamento e utilizam os poderes que possuem para iniciar um serviço de entregas.

Continua após a publicidade

Dirigido por Hayao Miyazaki, o filme é, como muitas outras obras do estúdio japonês, uma metáfora sobre o início da adolescência, quando todos somos meio Kiki e buscamos conquistar nossa independência e encontrar nosso lugar no mundo.

7. O Castelo no Céu

Primeiro longa-metragem da empresa, O Castelo no Céu é um filme dirigido por Hayao Miyazaki que conta a história de Sheeta, uma jovem órfã que possui um colar mágico e cai de um dirigível nos braços do mineiro Pazu. Juntos, eles embarcam em uma aventura em que tentam escapar dos perseguidores da menina e encontrar uma ilha flutuante, repleta de tesouros.

Continua após a publicidade

Embora seja uma obra de realismo mágico — inspirada no livro As Viagens de Gulliver —, O Castelo no Céu também possui elementos do gênero steampunk, o que inclui robôs gigantes, dispositivos mecânicos e aeronaves movidas a vapor. Lançado em 1986, o filme teve enorme impacto na cultura pop japonesa.

6. O Menino e a Garça

Dirigido por Hayao Miyazaki, que saiu da aposentadoria e voltou à ativa dez anos depois de Vidas ao Vento, O Menino e a Garça é uma animação de 2024 baseada no livro Genzaburo Yoshino, de 1937.

Continua após a publicidade

Com seu tradicional toque de fantasia, o filme gira em torno de Mahito Maki, um garoto que após perder a mãe, se muda para a área rural do Japão. No local, ele descobre uma torre abandonada, lar de uma garça-real falante e se aventura por um mundo fantástico habitado por seres vivos e mortos.

Lançada nos cinemas sem divulgação de sinopse ou trailer, a produção se tornou a segunda maior bilheteria mundial de estreia do Studio Ghibli — faturando S$ 11,3 milhões em seu primeiro final de semana, atrás apenas de A Viagem de Chihiro — e foi indicada ao Oscar de Melhor Animação.

5. Princesa Mononoke

Continua após a publicidade

Ambientado no Japão Medieval e com elementos que remetem ao folclore do país, Princesa Mononoke foi lançado em 1997. Dirigido por Hayao Miyazaki, o título segue os passos do príncipe Ashitaka, jovem que tenta defender sua aldeia de um javali amaldiçoado e é contaminado por uma maldição.

Para não se transformar em demônio, o príncipe parte então em uma jornada para encontrar a cura, envolvendo-se no caminho em uma disputa entre os deuses animais da floresta e os humanos que querem destruí-la. A trama explora um dos temas mais trabalhados em toda a filmografia do Studio Ghibli, a ecologia, confrontando a relação dos seres humanos com a natureza e as ameaças à biodiversidade.

4. O Castelo Animado

Continua após a publicidade

Lançada em 2004, O Castelo Animado é uma animação de fantasia inspirada na obra de mesmo nome de Diana Wynne Jones. Dirigida por Hayao Miyazaki, a produção tem como protagonista Sophie, uma jovem de 18 anos que é amaldiçoada por uma bruxa e se torna uma velha de 90 anos.

Desesperada com a situação, Sophie acaba indo parar no Castelo Animado de Hauru, local em que é contratada para trabalhar como uma de suas funcionárias e onde tem a chance de reverter o feitiço. Muito rico em simbolismos, o filme fala muito sobre os impactos da guerra e faz questão de mostrar toda a dualidade que existe nos seres humanos, nunca 100% bons ou ruins.

3. Meu Amigo Totoro

Continua após a publicidade

Um dos filmes mais populares do estúdio, especialmente devido ao personagem título da história (que se tornou, posteriormente, o logotipo da empresa), Meu Amigo Totoro é uma produção do Studio Ghibli lançada em 1988 e ambientada no Japão pós-guerra.

Dirigida por Hayao Miyazaki, ela conta a história de duas pequenas irmãs, que se mudam para o campo com o pai para ficar perto da mãe hospitalizada. No local, elas descobrem um mundo de fantasia em uma floresta que fica perto de sua casa e se aproximam de uma criaturinha protetora da natureza, a mais velha de sua espécie.

Com personagens cativantes, que conquistaram também o Ocidente, Meu Amigo Totoro ficou famoso por falar com delicadeza de assuntos como amizade e inocência e mostrar as belezas do mundo rural — outro tema constante nas obras do estúdio.

2. Túmulo dos Vagalumes

Mais uma vez repetindo a temática de guerra — dessa vez em um tom ainda mais realista e dramático do que o abordado em outras animações do estúdio —, Túmulo dos Vagalumes é um longa-metragem escrito e dirigido por Isao Takahata. Lançado em 1988, no mesmo dia em que Meu Amigo Totoro, ele é baseado em um conto homônimo e semi-autobiográfico do cantor Akiyuki Nosaka.

Ambientado durante a Segunda Guerra Mundial, no Japão Imperial, o título conta a história de Seita e Setsuko, dois irmãos que perderam a mãe em um bombardeiro e estão longe do pai, convocado para a guerra. Nesse cenário de abandono e destruição, os garotos lutam para sobreviver, abrigados em uma floresta onde se divertem com as luzes dos vagalumes.

De todas as obras do Studio Ghibli, Túmulo dos Vagalumes é disparado a mais triste de todos. É praticamente impossível não chorar com sua trama.

1. A Viagem de Chihiro

Considerada a grande obra-prima do Studio Ghibli, A Viagem de Chihiro é uma animação de aventura e fantasia escrita e dirigida por Hayao Miyazaki, que se inspirou na filha de um de seus grandes amigos para criá-la.

Lançada em 2003, ela segue os passos de Chihiro, uma garota que está de mudança com os pais para outra cidade quando a família se perde em um túnel. Ao atravessá-lo, no entanto, eles chegam em uma cidade aparentemente desabitada, onde seus pais são transformados em porcos e Chihiro tem de embarcar em uma difícil jornada para salvá-los.

Vencedor do Oscar de Melhor Animação (o único do Studio Ghibli a conseguir esse feito), o filme é considerado por parte da crítica um dos mais universais da empresa, já que explora temas comuns como maturidade, coragem, relações humanas e a busca desenfreada pela riqueza.