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10 diferenças dos Vingadores no MCU e nos quadrinhos

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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O Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês) apresentou todo um mundo de personagens e situações para um público que não estava habituado a ler quadrinhos. Só que isso foi apenas um pequeno pedaço da revolução que os filmes trouxeram.

Além de popularizar nomes que nunca foram muito famosos, como o próprio Homem de Ferro e os Vingadores, o que os mais de dez anos de longas e adaptações fizeram foi reescrever toda a mitologia da Marvel, mudando muita coisa que os fãs das HQs já conheciam e mexendo bastante nas origens, nas relações e no peso de muitas situações.

As razões para isso são diversas. Seja para modernizar um conceito — afinal, faria sentido relacionar a origem de Tony Stark com a Guerra do Vietnã em 2008? — ou mesmo para adequar a história desse universo aos personagens que o Marvel Studios tinha em mãos, muita coisa teve que ser alterada. No fim das contas, estamos falando de adaptações.

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Assim, se você chegou conheceu a Marvel pelo MCU e sempre ficou curioso para saber como os filmes mudaram aquilo que os quadrinhos sempre mostraram, o Canaltech lista algumas das principais diferenças entre gibi e cinema.

10. Formação inicial

Você deve se lembrar de como foi empolgante ver o primeiro Vingadores. Era a primeira vez que tínhamos diversos filmes se conectando dessa forma, com vários heróis se unindo para formar uma superequipe. Era o encontro do Homem de Ferro com o Hulk, Capitão América, Thor, Gavião Arqueiro e Viúva Negra para salvar o mundo da invasão dos Chitauri comandada por Loki. Era o início da iniciativa que Nick Fury prometeu lá em 2008.

Contudo, nos quadrinhos, a origem dos Heróis Mais Poderosos da Terra foi bem diferente — a começar pela própria formação. Embora todos os personagens do cinema sejam membros bastante icônicos do grupo, a equipe foi formada de um jeito bem diferente.

A primeira edição de Vingadores, publicada nos Estados Unidos em junho de 1963, também colocou os heróis se unindo para derrotar uma ameaça de Loki. Só que essa junção era composta por Homem de Ferro, Thor, Hulk, Homem-Formiga e Vespa.

Embora tenha se tornado um dos símbolos e nomes fortes do time, o Capitão América só foi aparecer em Avengers #4, quando ele é encontrado congelado no meio do mar e reanimado nos tempos atuais.

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E a própria participação do Homem-Formiga e da Vespa eram diferentes. Isso porque, ao contrário dos cinemas, os dois heróis eram Hank Pym e Janet Van Dyke. Assim, tudo aquilo que é mostrado como passado no MCU era o presente dos gibis.

9. Mansão dos Vingadores

Uma das coisas mais icônicas que o MCU estabeleceu foi a Torre dos Vingadores no meio de Nova York. Quando Tony Stark cede um de seus prédios para o grupo e coloca um gigantesco A pendurado no arranha-céu para simbolizar que os heróis estão ali para proteger a todos, o Marvel Studios criou um ícone que caiu rapidamente no gosto popular. Só que, mais uma vez, isso é criação dos cinemas e não das HQs.

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Nos quadrinhos, o quartel-general dos Vingadores não era uma torre toda estilizada e com um visual icônico, mas uma mansão. A similaridade é que o imóvel também pertencia a Stark, que doa a propriedade para que ela sirva de base de operações — além de ser constantemente atacada por vilões.

Aliás, os gibis até trouxeram uma torre em determinado ponto da cronologia. Isso acontece a partir da saga Novos Vingadores, logo depois de a antiga mansão ser destruída pela Feiticeira Escarlate durante o arco Vingadores: A Queda.

O porquê dessa mudança parece ser bastante óbvio. Seria realmente estranho imaginar uma mansão sendo usada pelos heróis em pleno 2012, até porque esse tipo de construção tem um visual muito mais clássico do que moderno. Assim, para se adequar aos novos tempos e combinar melhor com todos os elementos futuristas relacionados a Stark, faz muito mais sentido uma torre ultra tecnológica.

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8. Jarvis

Para cuidar de uma mansão enquanto estavam viajando o mundo em missão, os Vingadores precisavam de ajuda. Assim, eles têm o seu próprio mordomo que ajuda a deixar as coisas em ordem, além de ajudar com tarefas nem sempre muito heroicas. E o grande responsável por isso era Edwin Jarvis, o velho criado da família Stark e um dos grandes aliados dos Vingadores.

No MCU, o personagem foi transformado em uma inteligência artificial, mas ele existia de carne e osso nos quadrinhos e até chegou a desempenhar papel importante em muitos momentos da cronologia da Marvel — chegando, inclusive, a namorar com a tia May por um tempo.

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E, ao contrário dos filmes, ele não tem qualquer relação com o Visão.

7. A criação de Ultron

Em Vingadores: A Era de Ultron, vemos que o robô maníaco que quer acabar com a humanidade é uma criação defeituosa de um Tony Stark um tanto quanto perturbado. Depois de quase morrer na luta contra os Chitauri, o Homem de Ferro entra em uma paranoia de que precisa impedir novos ataques assim e cria robôs para monitorar todo o mundo — até que o sistema se descontrola e dá origem a essa inteligência artificial assassina que é o Ultron.

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Só que, nos gibis, o robô não tem nada a ver com Stark. O verdadeiro pai do vilão é Hank Pym, o primeiro Homem-Formiga. Ele desenvolve essa inteligência robótica que logo se rebela contra seu criador e passa a se aprimorar constantemente até chegar a uma forma que considera perfeita.

Inicialmente o plano do robô era apenas destruir os Vingadores — e chega a hipnotizar e a controlar Jarvis para isso, ao lado de alguns outros vilões — mas ele logo passa a almejar conquistas maiores. Em determinado ponto da cronologia, ele volta à sua diretriz de salvar o mundo e percebe que a única maneira de fazer isso é acabando com a humanidade.

6. Visão e a Jóia do Infinito

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E já que estamos falando de Ultron, há uma característica que o MCU se manteve bem fiel em relação aos quadrinhos: a conexão existente entre o vilão e o Visão. Os filmes replicaram aquilo que os gibis tinham mostrado décadas antes, com Ultron sendo o grande responsável por dar vida ao sintozóide que vai fazer parte dos Vingadores.

Só que, nas HQs, não temos nenhuma Joia do Infinito sendo usada para dar vida ao herói. na verdade, a origem nos quadrinhos é bem maluca, com Ultron sequestrando o cientista que criou o Tocha Humano da década de 1940 para que ele ajudasse a criar um androide ainda mais poderoso para que pudesse derrotar os Heróis Mais Poderosos da Terra.

Assim, ao invés de carregar a Joia da Mente o tempo todo na testa, o Visão dos quadrinhos carrega a mente de um outro herói dentro de si — o que vai ser usado posteriormente para fazer algumas reviravoltas bem estranhas na história do personagem.

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5. Feiticeira e Mercúrio

Você certamente já sabe que, nos gibis da Marvel, a Feiticeira Escarlate e o Mercúrio não são seres humanos aprimorados, como foi mostrado em Vingadores: Era de Ultron. Na verdade, essa nomenclatura meio sem sentido adotada pelo MCU só existe porque, na época, o Marvel Studios não tinha direitos sobre os X-Men e não podia usar o termo mutantes para se referir aos dois.

Contudo, essa não é a única diferença. Toda a origem da dupla é completamente diferente nas HQs — a começar pelo fato de que eles eram vilões antes de ingressarem no time. Eles surgem nas revistas dos X-Men como filhos do vilão Magneto e passaram um bom tempo atuando junto com a Irmandade dos Mutantes, até que um dia decidem deixar de ser esses terroristas e entram para os Vingadores.

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Essa virada é algo tão emblemático e, ao mesmo tempo, repentina que a própria Marvel não sabe muito bem como lidar com ela e por várias vezes tentou distanciar os dois mutantes de Magneto, principalmente revelando que eles não eram filhos do vilão ou simplesmente fingindo que não existia um vínculo familiar ali.

Aliás, eles não foram os únicos bandidos a mudarem de lado. Na mesma época, o Gavião Arqueiro também era um criminoso que decide mudar de vida e entrar para o time dos mocinhos.

4. A Guerra Civil era uma guerra mesmo

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Capitão América: Guerra Civil foi um grande evento quando chegou aos cinemas, adaptando uma das maiores sagas recentes dos quadrinhos, além de colocar os heróis para caírem na porrada e, de quebra, trazer de vez o Homem-Aranha para o MCU. Era tudo o que qualquer fã podia pedir — exceto pelo fato de que essa guerra mais parecia uma briga no pátio da escola.

Vamos combinar que as proporções adotadas pelo filme são bem mixurucas e não dá para chamar um quebra-pau com 12 pessoas de guerra. É muito legal de se ver, é verdade, mas está bem longe do tamanho do conflito que os quadrinhos apresentaram, em que praticamente todos os heróis da Marvel se envolveram no quiproquó — inclusive um bando de personagem bucha.

Além disso, as próprias motivações são um pouco diferentes. No filme, toda a discussão está em torno do Tratado de Sokovia, um acordo feito por países do mundo todo para colocar uma espécie de freio nos Vingadores. Assim, o grupo só poderia agir quando a Organização das Nações Unidas (ONU) determinasse. E é a partir da divergência entre os heróis que a briga acontece.

Já nos quadrinhos, a coisa é bem mais complexa, já que todo o debate está na necessidade ou não de registrar os heróis e transformá-los em uma espécie de funcionários públicos. Tudo isso porque um grupo de jovens heróis faz um reality show e acabam explodindo um ônibus escolar por pura irresponsabilidade.

Assim, quem não aceita se registrar para o governo acaba sendo considerado um herói ilegal e passa a ser caçado pelos demais. E, mais do que criar uma verdadeira guerra, a decisão ainda mexe de forma significativa na formação das equipes, com direito a versões oficial e clandestina dos Vingadores.

3. Capitã Marvel e a origem dos Vingadores

Embora tenhamos um filme chamado Capitão América: O Primeiro Vingador, a verdade é que os Vingadores só começam no MCU com a Capitã Marvel. É a partir da chegada de Carol Danvers à Terra, na década de 1990, que Nick Fury tem a ideia de criar um supergrupo para lidar com ameaças vindas de fora do planeta. Tanto que ela tem até um pager para ser acionada caso seja necessário.

Até porque, nos gibis, a história de Danvers é bem diferente. Ela surge inicialmente como Miss Marvel, uma híbrida humana e Kree que desenvolve poderes e que passa a lutar para combater o crime e salvar Nova York de algumas ameaças — tudo isso com trajes mínimos, já que seus uniformes iniciais eram bem apelativos. E, nessa época, ela entra nos Vingadores muito mais como uma substituta da Feiticeira Escarlate do que como essa guerreira superpoderosa que chega para salvar o dia que o MCU apresentou.

Foi somente muito depois que ela deixou a persona de Miss Marvel para trás para se tornar a Capitã Marvel mais próxima daquilo que os filmes mostraram.

2. Nick Fury e a formação dos Vingadores

Só que, mais do que a Capitã Marvel, nem mesmo Nick Fury está ligado à formação dos Vingadores. Como dito anteriormente, o grupo surge para enfrentar Loki muito mais por necessidade do que por causa de um grande programa de proteção global — e Fury não tem nada a ver com isso.

Nos quadrinhos, Nick Fury é realmente esse espião extremamente habilidoso e um líder da S.H.I.E.L.D. ainda mais influente, mas a sua relação com os Vingadores sempre foi bastante tangencial no que diz respeito à Terra-616, o universo principal da Marvel.

Na verdade, o que os filmes fizeram foi adaptar uma versão diferente de Nick Fury, a do universo Ultimate. Foi a partir desse selo que vimos o espião reunir um grupo de heróis para proteger a Terra de ameaças externas, da mesma forma que foram essas as histórias que deixaram o personagem a cara do Samuel L. Jackson e fizeram dos Vingadores celebridades globais.

1. Os Vingadores são só mais um grupo

E aqui temos aquela que pode ser a maior diferença existente entre os quadrinhos e o cinema. Nas HQs, os Vingadores são só mais um entre tantos outros grupos de heróis existentes, enquanto o MCU apresenta a equipe como a grande força capaz de proteger a Terra.

Esse é um ponto fundamental, até porque os Vingadores só foram ganhar real importância nos gibis após os filmes trazerem isso para o grande público. Até meados dos anos 2000, o time tinha a sua relevância, mas nunca foi mais popular do que X-Men e Quarteto Fantástico, por exemplo. Tanto que, por um bom tempo, o grupo era formado muito mais por heróis de segunda linha, o que fazia os Heróis Mais Poderosos da Terra uma espécie de série B da Marvel.

Até porque a competição era complicada. De um lado, o Quarteto Fantástico era a equipe que deu origem à Marvel como conhecemos hoje. Do outro, os X-Men vendiam horrores entre os anos 1980 e 1990 e ainda protagonizavam um desenho animado que foi sucesso absoluto.

Assim, para os Vingadores restava apenas a raspa dos heróis e era realmente muito difícil acompanhar histórias com personagens como Cavaleiro Negro, Hércules e Sersi.

E foram várias tentativas de dar mais relevância para o time, o que acontece de vez com os Novos Vingadores, de 2005. Para isso, a Marvel traz todos os nomes fortes da editora e coloca, ao lado do Capitão América e do Homem de Ferro, heróis como Wolverine e Homem-Aranha. Assim, o nível de importância sobe bastante — aliada principalmente a boas histórias.