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Crítica | 2ª temporada de Quem Matou Sara? cansa com reviravoltas e revelações

Por| Editado por Jones Oliveira | 24 de Maio de 2021 às 17h30

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Se você achou que a primeira temporada de Quem Matou Sara? não havia sido dramática o suficiente, a continuação da série da Netflix chegou para reverter isso. Vale pensar que não há como não estereotipar as produções mexicanas, uma vez que muitos de nós crescemos assistindo às novelas do país e nos acostumamos com personagens como a malévola e articulada Paola Bracho.

Ainda que não estivéssemos esperando encontrar essas questões extremamente dramáticas nas séries mexicanas, elas estão ali e são as mais diversas: traição, assassinato, golpes e segredos. A segunda temporada de Quem Matou Sara? tem tudo isso e mais um pouco, com a história sendo muito mais que a resolução de um crime. Tudo isso, no entanto, pode ser um tanto quanto cansativo para oito episódios de quase uma hora cada.

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Atenção: esta crítica contém spoilers da série Quem Matou Sara?, da Netflix!

A premissa inicial de Quem Matou Sara? é acompanhar a vingança do personagem Alex Guzmán (Manolo Cardona), um homem que foi preso após ser acusado de ter tramado o assassinato da própria irmã, consequência de uma manipulação da família Lazcano. Depois de 18 anos planejando essa vingança, Alex sai da cadeia e coloca o seu plano em ação contra o patriarca César Lazcano (Ginés Garcia Millán).

Seria muito óbvio se César realmente fosse o único culpado pela morte de Sara (Ximena Lamadrid) e que a vingança desse certo, não é mesmo? Por isso, a série cria diversos enredos recheados de mistério e que se transformam em inúmeras reviravoltas ao longo da segunda temporada. Vemos quem aparentava "bonzinho", na verdade, ser o oposto, como a própria Sara na adolescência. Vemos também esses bonzinhos indecididos se são mocinhos ou vilões, vemos inimigos se juntando pela mesma causa, e vemos até mesmo pessoas que desconfiávamos sendo manipuladas e inocentes.

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Uma das principais promessas que a sinopse e o trailer da segunda temporada apresentaram foram cumpridas: abordar a saúde mental de Sara. O detalhe por si só já garante uma boa parte dos dramas da série, envolvendo o relacionamento que ela tinha com César, o que aconteceu com a mãe e o pai dela, que inclusive dá as caras nos novos episódios e traz momentos importantes para a trama. Uma das revelações mais esperadas é a de que Marifer (Litzy) é a irmã da protagonista morta, o que é uma surpresa para todo mundo. Inclusive, o grande segredo de que Marifer foi a pessoa quem cortou as cordas acontece em meio a todo esse drama.

A partir disso, temos uma resposta para o título da série, mas parece que ainda há muitas coisas para o espectador descobrir antes de dar esse veredito, afinal a própria trama confirmou uma terceira temporada ao fim do último episódio. Para que a série pudesse chegar a essa revelação, muitas reviravoltas aconteceram, inclusive histórias paralelas completamente desastrosas e que poderiam ser facilmente evitadas. A trama se livrou de alguns personagens os matando ou os fazendo fugir, enquanto tentava de forma forçada estruturar as histórias daqueles que sobraram.

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Enquanto a primeira temporada de Quem Matou Sara? conseguiu ser misteriosa no ponto certo, além de fluir os acontecimentos para que fossem fáceis de acompanhar, a segunda se tornou extremamente exaustiva com tantos detalhes e reviravoltas forçadas, chegando a tornar a produção desinteressante. O apagamento de alguns personagens e a exploração de outros nos deixou com uma sensação de que os roteiristas ainda não acharam o caminho certo para trazer as respostas finais. Os novos episódios exigem o dobro da nossa atenção e são mais difíceis de gerar um envolvimento entre a trama e quem está do outro lado da tela.

A segunda temporada de Quem Matou Sara? já está disponível na Netflix.