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Crítica Night Sky | Ficção científica é interessante, mas não se sustenta

Por| Editado por Jones Oliveira | 20 de Maio de 2022 às 08h00

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Divulgação/Amazon Prime Video
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Uma das principais estreias do Amazon Prime Video em maio, Night Sky estreou no catálogo do serviço de streaming chamando a atenção do público. E muito disso tem a ver com a trama, que conta a história de um casal de idosos que esconde um segredo de outro mundo, literalmente, na própria casa.

Irene (Sissy Spacek) e Franklin (J.K. Simmons) descobriram, anos atrás, a existência de uma câmara com uma passagem secreta para um planeta deserto e misterioso, que fica escondida no quintal.

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Sem intenção de compartilhar o segredo com outras pessoas, um homem aparece misteriosamente no local, carregando com ele muitas ameaças. Night Sky chama a atenção não só por trazer elementos de ficção científica e fantasia, como também por contar a história como uma boa série de drama

Atenção: esta crítica pode conter spoilers da série Night Sky!

Drama

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O primeiro ponto a ser valorizado na nova série do Prime Video é a sintonia entre Spacek e Simmons, veteranos da atuação que conseguem demonstrar a importância do portal secreto para suas vidas na questão afetiva.

Construindo o grande drama de Night Sky, o casal enxerga no cenário do outro planeta um conforto para superar o maior luto de suas vidas. Mas, com a idade já avançada e a saúde a cada vez mais frágil, eles chegam a cogitar contar o segredo para alguém, como para a neta Denise (Kiah McKirnan).

Então, quando já estamos solidários com o drama do casal, lembramos que a produção é uma série de ficção científica e queremos respostas. Ainda no primeiro episódio, vemos eles sendo teletransportados para o planeta misterioso ao entrar na câmara secreta. Eles não saem diretamente no planeta, mas sim dentro de uma espécie de domo, contando com mesas e cadeiras. Lá, eles apenas ficam sentados aproveitando a vista, sendo uma das rotinas preferidas do casal.

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Mistério

A vista, de fato, é muito bonita, mas a série deixa um pouco a desejar no quesito visual do gênero científico, de nos mostrar mais elementos de outros mundos. Night Sky escolhe focar em uma história confusa que fica ainda mais misteriosa com a chegada de Jude (Chai Hansen), um homem que simplesmente aparece na câmara.

Deixando-se levar pelos instintos maternos retirados dela cedo demais, Irene passa a cuidar do rapaz como se fosse o próprio filho, incomodando Franklin e distanciando o casal. Eles sabem, claro, que o rapaz tem informações importantes sobre esse segredo, e vemos isso em uma história paralela que encontra com eles no final da temporada.

Enquanto isso, Franklin precisa lidar com o vizinho Byron (Adam Bartley), que está desconfiado do segredo, e com as ameaças que Jude pode trazer. O drama científico, portanto, se apega às histórias paralelas e a flashbacks do passado para se estruturar como um drama misterioso, mas parece esquecer de conversar melhor com a ficção científica.

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Na primeira temporada da série, sabemos que mais portais existem pelo mundo e que nem todos eles levam ao mesmo lugar, mas poucas respostas são fornecidas para uma série que ainda não está renovada. Night Sky se apressa para apresentar todos os elementos surpresa da história, mas acaba entregando um conjunto da obra raso, ainda que o final tenha sido levemente impactante.

A série é interessante e conta com um bom elenco, mas precisa aprender com outras produções de ficção científica para trazer um conceito menos confuso, mas ainda assim intrigante.

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Você já pode assistir à Night Sky no Amazon Prime Video em oito episódios.