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Blade Runner: Black Lotus | 5 motivos para assistir

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Divulgação/Crunchyroll
Divulgação/Crunchyroll

De todas as franquias de ficção-científica que o cinema já nos apresentou, poucas são tão memoráveis quanto Blade Runner. O filme de 1982 foi um dos responsáveis por popularizar a estética cyberpunk e apresentou um futuro distópico como pouco tínhamos visto até então, com um mundo bastante complexo e profundo — e perfeito para ser explorado em diferentes frentes. E é justamente aí que Blade Runner: Black Lotus se encaixa.

Ao se aproveitar desse universo tão particular e apresentando personagens inéditos, a série produzida pela Crunchyroll em parceria com a Adult Swim expande tudo o que sabemos sobre esse futuro decadente com cidades tomadas por carros voadores, placas em neon e replicantes que acreditam ser humanos. Uma mistura que permite que a história avance por caminhos bastante ousados e interessantes.

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Além disso, Black Lotus chama a atenção logo de cara também pelo visual. Embora tenha sido feito por uma plataforma especializada em animes, ele não se parece em nada com esse tipo de animação. O traço até lembra os desenhos japoneses, mas os efeitos 3D e toda a dinâmica se diferem bastante e fazem do seriado algo bem mais sóbrio — e que se encaixa perfeitamente naquilo que a gente conhece de Blade Runner.

Assim, se você está se perguntando se deve embarcar nessa viagem, trouxemos cinco bons motivos para você dar uma chance aos mistérios de Black Lotus.

5. Expandindo o universo Blade Runner

Sem sombra de dúvidas, o grande atrativo de Blade Runner: Black Lotus é justamente a possibilidade de expandir o universo da série Blade Runner, pegando todos os conceitos que a gente já conhece e indo para muito além de Deckard, Rachel, K e todos os demais nomes que o cinema já nos apresentou. É um outro canto desse mundo, o que torna tudo ainda mais interessante.

A animação se passa em Los Angeles no ano de 2032, o que faz dela um meio de campo entre O Caçador de Androides e Blade Runner 2049. Por enquanto, a história ainda não apresentou nada que faça a ponte entre os dois filmes, mas a produção já afirmou que devemos ver alguns personagens conhecidos que podem criar essa conexão entre as histórias que conhecemos.

Ainda assim, a simples possibilidade de revisitar esse mundo já faz com que Black Lotus valha a pena. A série explora muito bem o papel dos replicantes na sociedade e aprofunda mais a questão de desigualdades e de corrupção que existem nesse futuro distópico da série. Assim, para quem sempre se interessou pela decadência que a tecnologia nos reserva, Black Lotus é uma ótima pedida de ver tudo isso sob uma nova perspectiva.

Para isso, ele foca a trama na figura de Elle, uma replicante que acorda certo dia sem ter nenhuma lembrança de seu passado. A única coisa que ela tem é um estranho dispositivo e a sensação de que as respostas que procura estão dentro dele. Assim, acompanhamos sua jornada em busca de respostas ao mesmo tempo em que as grandes corporações e organizações criminosas passam a caçá-la — e tudo isso é um grande convite para conhecer mais desse mundo.

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4. Participação de Shinichiro Watanabe

Como dito, o modo como Blade Runner: Black Lotus apresenta esse mundo é o grande atrativo da série. E há uma boa razão para isso ser apresentado de forma tão interessante: Shinichiro Watanabe, o criador do aclamado anime Cowboy Bebop. Por aqui, ele atua como produtor criativo, o que significa que muito daquilo que vemos na tela tem um dedo seu.

E a sua influência na produção é clara já nos primeiros episódios. Assim como na maior parte de suas criações, Watanabe faz com que Black Lotus use muito bem o mundo em volta da protagonista para ajudar a contar a história. Dessa forma, a animação não precisa perder tempo com explicações banais sobre a divisão entre ricos e pobres em 2032, pois isso é apresentado de forma visual e bastante orgânica com um influente político viajando em seu carro voador enquanto o restante da população sofre em gigantescos engarrafamentos.

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Esse é apenas um exemplo das sutilezas que Watanabe sempre trouxe em sua obra e que está presente em Blade Runner. Além disso, temos uma galeria de personagens bem variados e que prometem ser interessantes.

3. Belíssima ambientação cyberpunk

Blade Runner pode não ter criado o visual cyberpunk, mas certamente ajudou a popularizá-lo e definiu alguns elementos que se tornaram clássicos dali em diante. E Black Lotus sabe aproveitar muito bem tudo isso.

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Embora a animação não seja lá tudo isso, o estilo artístico é muito bem utilizado para fazer com que o anime seja visualmente impactante. Revisitar esse mundo futurista decadente é incrível, ainda mais quando tudo no cenário é rico e repleto de informação. O simples passeio de Elle pelas ruas de Los Angeles revela muito sobre a tecnologia da época, os costumes da sociedade e os perigos que cada becos escondem — e tudo isso é de encher os olhos. Os traços em si podem não ser o mais bonito que você já viu, mas tudo fica melhor com aquele neon aqui e aquela luz baixa ali.

Além disso, Blade Runner: Black Lotus faz um bom uso da liberdade que a animação oferece para trazer detalhes que não valiam a pena ser explorados no cinema. São pequenos detalhes na composição do mundo que apenas ajudam a enriquecer o universo da série, seja na grande variedade de veículos quanto na própria complexidade dos cenários.

Outro ponto é que, embora seja classificado como um anime, a série não cai na estética do estilo. Isso significa que não temos aquelas reações exageradas e um uso demasiado de expressões corporais. Tudo é muito contido e sóbrio, o que combina bem com a história que está sendo contada. E quando chega a luta, isso fica ainda mais aparente, já que não há aqueles movimentos pirotécnicos, o que deixa a habilidade de Elle ainda mais evidente.

2. Debate sobre humanidade

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A discussão sobre a humanidade dos replicantes é algo que acompanha Blade Runner desde o filme de 1982, mas Black Lotus expande esse debate ao colocar a protagonista como vítima de um sistema que literalmente caça esses androides por um prazer sádico de matar seres que parecem humanos.

É o mesmo debate que Westworld trouxe há pouco tempo: embora sejam seres sintéticos, o simples fato de eles pensarem e sentirem já não os torna humanos? E matá-los e torturá-los não é algo que retira a nossa própria humanidade? É a partir dessa questão que a trama da série tem início.

1. Um quebra-cabeça de memórias

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Para fazer com que esse debate funcione, Blade Runner: Black Lotus cria um mistério que pega o espectador logo de início. Como dito, a protagonista desperta sem ter nenhuma memória de seu passado e o pouco que recorda em nada se encaixa com a realidade à sua volta.

É uma premissa não muito original, é verdade, mas que ganha contornos mais interessantes à medida que isso é integrado ao mundo de Blade Runner. Quando ela é cercada por um bando de criminosos, por exemplo, a jovem descobre ter uma habilidade de luta incrível que faz com que ela consiga derrotar a todos com extrema facilidade.

E esse é só o começo dos mistérios que a circundam. À medida que ela se aproxima da resposta, mais e mais mistérios passam a aparecer e até mesmo pessoas que ela acreditava serem aliados se revelam uma ameaça — o que te instiga a pular para o próximo episódio e descobrir o que está acontecendo.

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Blade Runner: Black Lotus pode ser assistido no catálogo da Crunchyroll.