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Aves de Rapina: quais as diferenças entre o filme e os quadrinhos?

Por| 14 de Fevereiro de 2020 às 09h34

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DC Comics
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Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa, que no final das contas segue com seu mesmo título oficial, não vem arrecadando a grana que a Warner Bros esperava. Contudo, o filme trouxe uma diversão razoável e continuou tocando em frente o Universo Estendido DC (ou DCEU, na sigla em inglês). Mas até que ponto o longa é fiel aos quadrinhos?

Para tirar essas dúvidas, o Canaltech reuniu as principais diferenças entre os dois. Mas, antes de mais nada, tal qual suas personagens, vale destacar que as revistas nunca foram assim tão populares. Então, vamos lá!

Atenção: as informações abaixo podem estragar surpresas para quem ainda não assistiu ao filme, portanto, se quiser evitar os spoilers, volte depois que tiver assistido.

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Origem

Bem, o início da equipe é completamente diferente do que vemos no filme. Tudo começou quando o editor Jordan Gorfinkel teve a ideia de reunir a Canário Negro e a Batgirl em uma série mensal, em 1993, pois a primeira havia estreado seu título e a segunda havia aparecido com relativo sucesso em um especial, em 1988.

Um pouco mais tarde, a história em que Barbara Gordon fica aleijada depois de levar um tiro e ser violentada pelo Coringa, A Piada Mortal, entrou para o cânone e ela mudou seu nome para Oráculo. Cadeirante, ela se tornou a mais emblemática “heroína que fica na base de operações”, algo que viria a ser copiado pelos seriados de superseres que vemos por aí, inclusive Smallville e as atrações da CW.

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Assim, em 1996, nascia Canário Negro e Oráculo: Aves de Rapina. O atual grupo, de 2020, conta com Caçadora, Canário Negro e Arlequina — em uma clara intenção da DC Comics de alinhar a revista ao cinema.

Arlequina

Harley Quinn nem mesmo nasceu nos quadrinhos: ela teve sua primeira aparição em 1992 no (ótimo) desenho Batman: The Animated Series, como namorada e ajudante do Coringa. Seu visual se destacou e, logo de cara, ela se tornou uma favorita dos fãs. Mais tarde, ela também foi incorporada ao cânone e passou a aparecer nas histórias do Batman.

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Em 2013, Arlequina ganhou mais destaque com uma série limitada que mostrava seu rompimento com o Palhaço do Crime — trama que influenciou o filme que estreou nos cinemas em 2020. Mas a virada mesmo veio com sua participação de destaque no filme Esquadrão Suicida, em 2016. Depois disso, sua presença se multiplicou nas revistas da DC Comics e ela até mesmo se tornou protagonista das principais sagas recentes.

Caçadora

Várias personagens já usaram esse codinome, incluindo Helena Wayne, filha de Bruce Wayne e Selina Kyle em uma realidade alternativa. Mas, no final das contas, a versão do cinema é, na verdade, bem semelhante a sua contraparte mais popular nos quadrinhos. Assim como no longa, seu nome é Helena Bertinelli e ela é descendente de uma famosa família de mafiosos.

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A anti-heroína é conhecida pelos seus métodos agressivos, o que incomoda até mesmo o Batman. Depois de sua primeira aparição, em 1989, ela ficou meio sumida e se juntou oficialmente às Aves de Rapina em 2003. Depois do reboot dos Novos 52, em 2011, voltou a desaparecer e agora conta com uma versão “remasterizada”, também no grupo das vigilantes, desde 2016.

Canário Negro

A cantora que aparece nos filmes nada tem a ver com as versões originais, Dinah Drake, dos anos 70, e Dinah Lance, seu alter ego mais popular que sempre foi atrelado ao Arqueiro Verde, por conta do romance que ambos alimentaram por anos. Foi com esse modelo que a DC Comics lançou o título das Aves de Rapina nos anos 90, ao lado da Oráculo.

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No reboot dos Novos 52, em 2011, ela teve seu passado mesclado com Drake, então, oficialmente, tornou-se Dinah Drake Lance. No longa, essa seria a mãe da personagem que vemos atuando, então a Canário Negro de Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa é uma heroína nova, bem diferente das anteriores.

Renee Montoya

Os quadrinhos do Batman sempre tiveram oficiais “gente como a gente” para mostrar a atuação do personagem por outra perspectiva. E, assim como o Comissário Gordon, os produtores de Batman: The Animated Series pensaram em outra pessoa que pudesse desempenhar esse papel. Assim nasceu a oficial Renee Montoya, que entrou para o cânone oficial, nas revistas, em 1992.

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Ela ganhou proeminência quando protagonizou a série mensal de policiais Gotham Central, em 2003, e foi uma das primeiras personagens a ter sua sexualidade exposta como lésbica, em uma época que isso não era comum. Mais tarde, teve um romance com a Batwoman, Kate Kane, e se tornou a investigadora Questão (que, anteriormente, era um cara paranoico, fonte de inspiração original para o Rorschach, de Watchmen).

Vale lembrar que ela chegou a ser citada nos filmes de Christopher Nolan e teve uma aparição na série de TV Gotham, mas nunca tinha feito parte das Aves de Rapina.

Cassandra Cain

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Filha de dois assassinos, foi introduzida nos quadrinhos em 1999 e, inicialmente, lembrava um pouco a Robin da realidade alternativa da graphic novel Cavaleiro das Trevas — embora sempre tenha ficado calada em grande parte de sua jornada. Ela trilhou o caminho dos pais, mas acabou se tornando uma vigilante e até mesmo vestiu o manto da Batgirl.

Aliás, ela se manteve como Batgirl por um bom tempo e depois assumiu o nome de Órfã, ainda que muitas vezes volte a ser lembrada pela sua atuação na “Batfamília”. No filme, ela ainda é muito nova e somente tem habilidades furtivas, sem se envolver muito com a pancadaria.

Máscara Negra

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Roman Sionis apareceu pela primeira vez em 1985 e, desde então, tornou-se uma figura frequente na galeria de vilões do Batman. A maior diferença entre a versão do cinema e das revistas é que nos quadrinhos ele não consegue se livrar de sua máscara, é uma maldição permanente — provavelmente porque tanto o astro quanto a Warner Bros não quisessem desperdiçar as expressões do ator, escondendo seu rosto.

Ele tem algumas qualidades semelhantes a que Ewan McGregor impôs, contudo sua contraparte de papel é bem mais cruel e menos dramática. Veja bem, ele matou seus próprios pais e colocou uma face de ébano em seu progenitor, já no caixão.

Batgirl

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Embora não apareça em Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa, Barbara Gordon é fundadora do grupo, como dito acima, e até mesmo esteve presente na adaptação da equipe na série de TV, em 2002.

Mas sua situação é um pouco mais complexa, pois a versão Oráculo, cadeirante depois dos atos do Coringa em A Piada Mortal, sofreu um reboot nos Novos 52 e a personagem foi reformulada, em uma interação bem mais jovem. O título fez tanto sucesso que a própria Warner Bros ainda tem planos de levar justamente essa fase adolescente para os cinemas. Portanto, é até compreensível que ela não esteja no filme, pois, possivelmente, deve ganhar um título próprio no DCEU.