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Andor | Quando a Aliança Rebelde foi criada?

Por| Editado por Jones Oliveira | 19 de Setembro de 2022 às 19h45

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Tanto quanto a própria família Skywalker, a ideia da Aliança Rebelde é peça fundamental dentro do universo de Star Wars. Todo o mito dos Jedi e da luta contra o Império e o próprio Darth Vader passa pela ideia de um grupo de heróis em desvantagem enfrentando um grande sistema político opressor. É a velha luta do bem contra o mal incorporando um viés político e até ideológico, mas sem abrir mão de sua fantasia.

E a estreia de Andor no Disney+ traz os holofotes mais uma vez para esse grupo revolucionário e os heróis, anônimos e famosos, que ajudaram a liberar a galáxia do autoritarismo imperial. A proposta do novo seriado é justamente mostrar os tons de cinza que existem nesse conflito e dar mais ênfase no pessoal que ajudou a formar a rebelião como conhecemos.

Curiosamente, a Aliança Rebelde nunca foi muito bem explorada em live action. Vimos sua origem ser contada em animações, como Star Wars Rebels, e em quadrinhos e livros, mas os filmes e séries nunca deram muita atenção às raízes que ajudaram a formar o grupo que ajudou a derrubar o imperador. E o fato de Andorse passar antes do grupo ser formalmente montado só torna as coisas um pouco mais confusas.

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A rebelião antes da rebelião

Antes de qualquer coisa, é preciso estabelecer como funciona a passagem de tempo dentro do universo de Star Wars. A contagem dos anos na saga é feita a partir de um evento bastante icônico: a Batalha de Yavin, que nada mais é do que a destruição da Estrela da Morte. Em outras palavras, o ano zero da franquia sempre será Uma Nova Esperança e todos os eventos vão ser a partir desse referencial, sejam antes (BBY) ou depois (ABY) do conflito apresentando no longa.

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Dito isso, a criação formal da Aliança Rebelde como conhecemos no primeiro filme de Star Wars acontece em 2 BBY. Isso significa que o intervalo de tempo entre o início da guerra civil e a destruição da arma definitiva de Palpatine não durou tanto tempo assim. O ponto é que muita gente teve que andar para que a Aliança pudesse correr — ou voar de speeder, se preferir.

E, como o próprio nome deixa claro, a Aliança nada mais é do que a junção de vários grupos lutando em prol de uma causa comum: o fim do Império. E isso significa que essas células e organizações já existiam bem antes disso — antes de o próprio Império ser formado. Como os filmes e a animação Clone Wars apresentam, os primeiros sinais rebeldes começam ainda durante o período da Velha República, quando as Guerras Clônicas têm início.

Sem entrar muito em detalhes, o conflito todo tem início quando um grupo de planetas decide se separar da República em torno de 22 BY, criando a Confederação dos Planetas Independentes. Nesse contexto, aparecem os primeiros grupos rebeldes que se opõem a um grande governo central.

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Até então, estamos falando apenas de pequenos grupos e células independentes, mas algo ainda sem muita expressividade. Só que as coisas começam a mudar de figura, já em 19 BBY, quando o Senado cria um governo de exceção centralizado na figura de Palpatine, políticos de oposição — como Padmé, Mon Mothma e Bail Organa — se levantaram para apontar o surgimento de um regime tirano e autoritário.

Essa denúncia feita no parlamento pode ser considerada o primeiro embrião da Aliança Rebelde dentro de Star Wars. É esse evento que vai introduzir os principais nomes que vão coordenar e financiar movimentos posteriores, além de já escancarar para a galáxia inteira que há um grande plano em andamento. Tanto que não demora muito para que Palpatine, alegando esse grande cenário de instabilidade política, acabe com a República para instaurar um Império centrado justamente em sua pessoa.

Movimentos espalhados

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Na animação Star Wars: Rebels, vemos um pouco da formação desses grupos rebeldes que surgem ainda no início do regime imperial. E falamos no plural porque não havia nada unificado, mas diversas células trabalhando em paralelo em defesa de um ideal em comum, mas por meios bem diferentes.

O desenho apresenta ao longo de suas temporadas alguns dos nomes importantes que vão ajudar a construir esse espírito de rebelião, principalmente com políticos influentes e até Jedi sobreviventes da Ordem 66, como é o caso de Ahsoka Tano.

Em Obi-Wan Kenobi, por exemplo, vemos um pouco do funcionamento dessa rede de auxílio focada em ajudar sobretudo moradores de planetas periféricos ou que sofriam com a violência excessiva do Império. No caso, todo aquele grupo que ajuda o herói não era necessariamente uma célula combatente, mas é possível notar uma certa organização para quebrar o ciclo imposto pelo governo central.

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Do mesmo jeito, o seriado também mostra mais do papel de políticos como Bail Organa. Com seu status de membro do Senado, ele financiava grupos rebeldes espalhados pela galáxia, além de fornecer informações importantes que pudessem ajudar em confrontos ou mesmo na hora de oferecer resistência.

Outra política que também exercia um trabalho semelhante era Mon Mothma. Ela é considerada a grande responsável pela criação da Aliança Rebelde como organização centralizadora da rebelião, mas antes disso já comandava outras células — e vai ser em torno disso que vamos ver a personagem aparecer em Andor.

A quantidade de separatistas e guerrilheiros revolucionários nesse período é até bem grande, mas todos eles agindo sempre de forma isolada e, em alguns casos, até de forma conflituosa. O exemplo mais claro é o papel do próprio Saw Gerrera, que é um dos grandes nomes de oposição ao Império, mas que é rejeitado até mesmo por quem é de oposição por adotar meios considerados violentos demais.

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Um pouco dessa dualidade é apresentada em Rogue One: Uma História Star Wars, em que o personagem de Forest Whitaker é claramente tratado como um terrorista rebelde não só pelos vilões, mas pelos próprios rebeldes que consideram suas táticas radicais demais.

Surge a Aliança

Durante todos esses quase 20 anos que separam a criação do Império e a Batalha de Yavin, todo esse movimento rebelde é feito de forma descentralizada e pouco organizada. Existem tentativas aqui e ali de criar uma união que dê força aos rebeldes, mas nada expressivo de verdade — o que só vai acontecer em 2 BBY.

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É nesse ano que o jogo vira de verdade com a renúncia de Mon Mothma no Senado após o chamado Massacre de Ghorman. Um grupo de manifestantes que protestavam pacificamente contra o Império é morto no planeta e Mothma acusa diretamente o imperador Palpatine pela chacina. Mais do que isso, ela faz uma transmissão para toda a galáxia denunciando o governante e convocando a população a se rebelar.

Assim, mais do que se tornar persona non grata em toda essa galáxia muito, muito distante, ela consegue unir todos esses grupos que já operavam de forma isolada sob uma mesma bandeira. Organizações rebeldes como os Phoenix, Massassi e Espectros se juntam em torno da figura de Mon Mothma, que cria a Aliança para Restaurar a República — dando início à guerra civil que a gente acompanha ao longo de toda a trilogia original.

Em que momento da cronologia se passa Andor

É bem no meio desse período conturbado que Andor se passa. Como os próprios produtores da série explicaram, os eventos da nova série se passam cinco anos antes de Rogue One — ou seja, em 5 BBY, já que o filme é colado com Uma Nova Esperança.

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Dessa forma, espera encontrar um cenário político ainda bastante conturbado dentro do universo de Star Wars. Nesse período, a Aliança Rebelde como organização formal ainda não existe, então a série deve explorar as diferentes células separatistas que existiam no período e, sobretudo, as contradições que elas carregam.

Sabemos que Mon Mothma é uma personagem central da trama e ela deve ser uma espécie de norte ideológico para o próprio Andor. Ao mesmo tempo, outros rebeldes famosos, como o próprio Saw Gerrera, também foram confirmados e essa oposição de ideologias deve ser um dos pontos altos do seriado para mostrar o quanto as coisas não são coesas nesse período da saga — o que tem tudo para deixar a série ainda mais interessante.

Andor chega ao Disney+ no próximo dia 21 de setembro.