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7 diferenças entre Casa do Dragão e Game of Thrones

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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HBO
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É natural que muita gente olhe para A Casa do Dragão com um certo ar de desconfiança. O histórico de séries spin-off nunca foi muito positivo e, na grande maioria das vezes, o que temos é exatamente uma simples derivação daquela primeira história que fez sucesso, o que torna essa nova história só uma recauchutagem do que a gente conhece.

Só que, no caso da nova produção da HBO que acabou de chegar ao streaming, isso está bem longe de ser verdade. Embora se passe no mesmo universo de Game of Thrones e traga muito do espírito que marcou o seriado original, as semelhanças param por aí. Toda a dinâmica entre os personagens, o contexto e o próprio desenvolvimento do roteiro são bem diferentes e tornam as duas obras bem únicas em suas propostas.

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Assim, se você ainda está receoso em dar o play em A Casa do Dragão — principalmente depois da decepção que foi Game of Thrones —, entenda porque a nova série da HBO não é nada do que você está pensando e por que ela merece a sua atenção.

7. Personagens não são equivalentes

Por ter sua história centrada nos Targaryens e ser protagonizada por uma jovem princesa de cabelos platinados que precisa lutar pelo Trono de Ferro enquanto monta um gigantesco dragão, é muito fácil acreditar que A Casa do Dragão pretende apresentar uma nova Daenerys para reprisar a história que a gente já conhece. Só que Rhaenyra (Milly Alcock) é bem mais do que isso.

Na verdade, não existe nenhum personagem que desempenhe o mesmo papel de alguma outra figura de Game of Thrones. Embora estejamos diante da mesma disputa por poder que é inerente ao Trono de Ferro, as tensões que são postas e as situações criadas são únicas, o que faz com que seja quase impossível traçar esses paralelos diretos.

Isso é evidente com Rhaenyra, que tem uma força própria, mas também se repete em Daemon Targaryen (Matt Smith), Alicent Hightower (Emily Carey), Sor Criston Cole (Fabien Frankel) e em tantos outros. É o primeiro grande sinal de que A Casa do Dragão quer ser algo novo e que está disposto a deixar de lado a sombra de seu irmão mais velho.

6. Targaryen no poder

Falando em personagens, o fato de termos uma trama focada nos Targaryen é outro ponto que mexe bastante na estrutura da série e distancia A Casa do Dragão de Game of Thrones. Afinal de contas, os senhores dos dragões não são mais uma lembrança antiga, mas parte central de todo o reino — e isso muda tudo.

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Ao longo da série original, somos apresentados a várias descrições em torno dos Targaryen, de modo que há quase uma mística em torno deles e de seus dragões. Contudo, o que vemos aqui é que a família é tão mundana quanto qualquer outra, se envolvendo em seus próprios escândalos e tendo que lutar para sobreviver à guerra dos tronos.

E isso tudo é importante para contrastar com a imagem que Game of Thrones criou de Daenerys. Na série, a Khaleesi carrega uma aura quase mágica de ser a princesa da profecia que viria para salvar Westeros — a imagem da salvadora que ela tenta vestir a todo momento. Só que A Casa do Dragão faz questão de mostrar que os Targaryen eram tão cretinos quanto qualquer outra família.

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5. Westeros no auge

Nessa mesma linha, há uma diferença bem sutil, mas que mexe bastante no modo como a gente enxerga tudo dentro da série. Em A Casa do Dragão, Westeros vive o seu auge.

Em Game of Thrones, aquele mundo já está em frangalhos e acompanhamos os Sete Reinos se fragmentando e lutando entre si para ver quem fica com o maior pedaço — e até a reivindicação de Daenerys vem nesse sentido de dominar e reunir, assim como seus antepassados fizeram no passado.

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Na nova série, essa preocupação não existe. Em tese, todos os eventos se passam durante um período de reinado estável em que todas as grandes famílias obedeciam ao Trono de Ferro e não havia nenhuma grande guerra (ainda) mexendo com a estabilidade do reino.

Assim, vemos Westeros em todo seu esplendor. Isso fica claro já no primeiro episódio, quando a série mostra bem toda a grandiosidade de Porto Real como a capital orgulhosa dos Sete Reinos e não como um centro urbano decadente, como vai ser daqui a alguns séculos.

Essa é uma característica que se repete em vários momentos de A Casa do Dragão. A direção dedica a mostrar mais das cidades e castelos para mostrar o quanto esse período de prosperidade da dinastia Targaryen torna o mundo mais convidativo para seus habitantes e também para quem acompanha de fora — isso até os dragões partirem para a guerra.

4. Finalmente dragões

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Foram anos de temporadas de Game of Thrones até que a gente tivesse um dragão de verdade aparecendo e fazendo aquilo que a gente espera de um lagarto gigante voador cuspidor de fogo. E, por aqui, não demora nem mais do que alguns minutos para que vejamos essas majestosas criaturas em ação.

A Casa do Dragão se passa em período não apenas que os Targaryen estavam no poder como também no auge de seu poderio bélico — o que significa que temos muitos dragões aparecendo nos episódios. E eles dão as caras de diferentes formas, mostrando a grande variedade de raças e de nível de poder. Isso até a tal da Dança dos Dragões acontecer.

Se você se empolgava cada vez que Daenerys gritando Dracarys ao longo dos episódios, saiba que não vão faltar momentos assim por aqui. Acabou a miséria de dragões — e esteja preparado para ver muita gente voando.

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3. Sem magia

Outro ponto importante é que, apesar dos dragões, a nova série é bem mais mundana e pé no chão, sem todos os elementos mágicos e fantásticos que passaram a invadir o roteiro de Game of Thrones. Esqueça aquele papo de Caminhantes Brancos, zumbis de gelo e até de príncipes prometidos por profecias estrangeiras. Se você acha que essa foi a perdição da série original, pode respirar aliviado.

Em A Casa do Dragão, os lagartos voadores são apenas um detalhe dentro de uma trama bem mais política e pé no chão. É um contraste curioso e que, por isso mesmo, funciona tão bem.

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2. História com começo, meio e fim

Todo fã de Game of Thrones já aceitou que o autor dos livros jamais vai terminar a saga. Já são mais de dez anos à espera do quinto volume e ele parece estar longe de concluir. Isso fez com que, na série original, os produtores tivessem que improvisar para dar um fechamento — e a gente sabe como isso terminou.

Só que, com A Casa do Dragão, essa não é uma preocupação. O novo seriado é baseado no livro Fogo & Sangue, que se resume a um único volume e que trata de uma história fechada em que a gente já sabe como termina. Em outras palavras, significa que é muito difícil encontrar espaço para errar na adaptação.

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Isso sem falar que a dupla David Benioff e D.B. Weiss não está mais presente, o que também traz um respiro aliviado.

1. É uma história completamente única

A grande diferença das duas séries está justamente no modo como esse roteiro todo é construído. Game of Thrones se tornou o fenômeno que a gente conferiu ao colocar essa briga por poder em meio a uma fragmentação do reino — um enfraquecimento que culmina no surgimento dessa ameaça quase sobrenatural ao reino dos vivos.

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Com A Casa do Dragão, há um sentido oposto. Toda a disputa acontece dentro de uma única família e de pessoas ao redor, sem que haja uma grande ameaça externa ou mesmo diferentes núcleos competindo pelo mesmo prêmio. No caso, temos quase uma novela medieval que funciona por não se preocupar em ser grandiosa ou mesmo épica.

Ainda assim, é ao levar a tensão para o microcosmos da disputa por influência, é que a sensação é que tudo é muito maior e mais impactante, gerando uma dinâmica própria para a trama e uma forma diferente de se relacionar com seus personagens.

O primeiro episódio de A Casa do Dragão já está disponível na HBO Max. A temporada terá 10 episódios.