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Chega de Correios? Amazon vai lançar serviço de entregas próprio no Brasil

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Reprodução/Amazon
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Parece que a Amazon não quer mais depender dos Correios e de transportadoras privadas para atender aos seus clientes no Brasil — a companhia pretende lançar, em breve, o Amazon Logistics em nosso país, o seu próprio serviço de logística. Embora a companhia não tenha feito qualquer tipo de anúncio formal sobre o assunto, o site da iniciativa já está no ar e em português, recheado de informações relevantes sobre como ele funcionará.

O Amazon Logistics será, na verdade, uma plataforma de DSP (delivery service partner ou parceiro de serviço de entregas) — ou seja, empreendedores poderão se candidatar para abrir suas próprias equipes de logística e entregar encomendas sob a marca da Amazon. A companhia ressalta que o investimento inicial para participar do programa gira em torno de R$ 45 mil e garante que não é necessário ter experiência prévia na área.

“Estamos procurando líderes ‘mão na massa’ que sejam apaixonados por montar e coordenar redes de entregadores. Com baixos custos iniciais, demanda integrada e acesso à experiência em tecnologia e logística da Amazon, esta é uma oportunidade de construir e desenvolver um negócio de entrega de encomendas bem-sucedido”, afirma o site da Amazon Logistics no Brasil.

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Importante ressaltar que esse investimento não é uma taxa paga diretamente para o marketplace, mas sim o valor que ele estima ser necessário para montar sua empresa, incluindo “abertura de pessoa jurídica e alvarás, serviços profissionais como honorários de contador e advogado, compra de suprimentos, como laptop, custos de recrutamento, como anúncios de empregos, exames toxicológico e treinamento dos motoristas”. A marca oferecerá treinamentos, ferramentas e processos para ajudar seus DSPs.

A companhia de Jeff Bezos estima uma receita mensal de R$ 150 mil a R$ 350 mil e lucros mensais de R$ 12 mil a R$ 22 mil — isto é, para times que operaram com de 20 a 40 vans. Embora pareça ser uma oportunidade de ouro para qualquer pessoa com espírito empreendedor e uma reserva financeira razoável, vale a pena ressaltar que a própria Amazon será bem criteriosa na seleção de parceiros, com um número limitado de vagas.

“Como proprietário, você irá gerenciar de 40 a 100 entregadores agregados, seus fornecedores. Você será totalmente responsável por contratar e desenvolver uma rede de entregadores de alto desempenho, enquanto nós preparamos você para operar em uma estação de entrega da Amazon em sua cidade. Espera-se que você forneça treinamento e suporte consistentes para sua rede de motoristas para garantir a entrega bem-sucedida de encomendas em uma operação de 7 dias por semana, 365 dias por ano”, detalha.

Por enquanto, o processo seletivo se limita a quatro capitais brasileiras (Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo) e só podem se inscrever profissionais que receberam um convite via e-mail. O resto do público precisará aguardar o início do processo seletivo aberto para concorrer a uma oportunidade de ser um amigão da Amazon no Brasil.

Mais autonomia, mais qualidade?

Atualmente, a Amazon do Brasil utiliza, além dos Correios, nove serviços de entregas para despachar suas encomendas: Total Express, Sequoia, Loggi, Jadlog, Shippify, TLOG (Venkon), Dominalog, OnTime e Diálogo Logística. Infelizmente, essas transportadoras nem sempre concedem uma experiência satisfatória ao cliente — e, lá nos EUA, a Amazon é conhecida justamente por ter um serviço de logística impecável, com entregas bem ágeis.

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Isto posto, a ideia do Amazon Logistics é trazer essa fama para cá. A manobra lembra bastante àquela adotada pelo Mercado Livre, que, graças ao Mercado Envios, reduziu sua dependência dos Correios para apenas 20% de suas entregas em 2019 — para se ter uma ideia, em 2016, 90% das mercadorias vendidas no site eram entregues pela estatal.

Fonte: Amazon