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6 megatendências para o mercado de trabalho e a sociedade em 2022

Por| Editado por Claudio Yuge | 04 de Março de 2022 às 19h00

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Dvi Pinheiro/Divulgação/Governo do Estado do Ceará
Dvi Pinheiro/Divulgação/Governo do Estado do Ceará

O Project Management Institute (PMI), associação multinacional de gerenciamento de projetos, divulgou seis tendências econômicas, demográficas e sociais que pautarão transformações no trabalho no Brasil e no mundo. Disrupção digital, escassez de mão de obra e crise cimática são alguns dos destaques do seu relatório Megatendências 2022.

“A necessidade de transformação é iminente, e indivíduos e organizações devem ajustar as habilidades que impulsionam a mudança”, disse em comunicado à imprensa Ricardo Triana, diretor-geral do PMI na América Latina. “No ambiente dinâmico de hoje, eles devem usar um conjunto de ferramentas robusto de recursos para cultivar novas formas de trabalhar e liderar suas equipes”.

Disrupção digital

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A pandemia de covid-19 acelerou a transformação digital, com tecnologias como computação em nuvem, internet das coisas (IoT) e inteligência artificial (IA) sendo rapidamente implementadas para melhorar a experiência do cliente, aumentar a eficiência e melhorar os resultados. De acordo com a consultoria McKinsey, automação de processos, inteligência artificial aplicada, arquitetura confiável, biorrevolução, a nova geração da computação e infraestrutura distribuída serão algumas coisas que veremos deslanchar nos próximos cinco anos.

Crise climática

Apesar da urgência da crise climática, a reação a ela tem sido lenta. Na verdade, os compromissos com emissões líquidas zero até agora envolvem um quinto das maiores corporações mundiais e 68% do PIB global, de acordo com a WRI Brasil. Portanto, mais investimento em projetos de sustentabilidade é algo fundamental, especialmente em indústrias mais poluentes como produção de energia e transportes.

Mudanças demográficas

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No Brasil a taxa de fecundidade é de só 1,72 nascimentos por mulher (dados de 2015), enquanto outros trabalhadores se aposentam ou perdem emprego por causa da automação. É preciso implementar políticas equitativas e inclusivas de contratação e manutenção de funcionários, mantendo diversas faixas etárias na equipe sem deixar de atrair os mais jovens.

Mudanças econômicas

A pandemia de covid expôs as vulnerabilidades da cadeia global de suprimentos, que depende de poucos países para existir, e outros problemas da globalização, como as recessões e índices altos de desemprego em economias mais frágeis. De acordo com Marcos Lopez Rego, professor da IAG Business School, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), decisões políticas estratégicas precisarão ser implementadas para reverter o quadro.

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Escassez global de mão de obra

Outro efeito que ficou evidente na pandemia do covid-19, a escassez de mão de obra está crescendo. O paradoxo é que muitas mulheres estão com problemas para retomar ou iniciar novas carreiras, principalmente as com filhos. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2020 quase 12 milhões de mulheres deixaram a força de trabalho devido à eliminação de empregos na América Latina e no Caribe. As empresas precisarão criar uma forte cultura de retenção, alinhando-se a iniciativas de impacto social e entender a importância do equilíbrio entre vida profissional e pessoal, entre outros objetivos.

Movimentos civis, cívicos e de igualdade

Os protestos sociais causam nas empresas um desejo crescente de estabelecer mudanças, como programas de diversidade, equidade e inclusão. Muitas mulheres e minorias étnicas ainda são mal pagas e sub-representadas. Por outro lado, o trabalho remoto aliviou o estresse de trabalhar em espaços de trabalho predominantemente ocupados por brancos e reduziu a exposição a microagressões e discriminação. Uma pesquisa do Future Forum em 2021, com mais de 10.000 profissionais do conhecimento nos EUA, Austrália, França, Alemanha, Japão e Reino Unido descobriu que 68% dos trabalhadores negros querem políticas de trabalho flexíveis, em comparação com 56% de seus colegas brancos.

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Fonte: PMI (via press-release), McKinsey Digital, WRI