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O que é Micro RGB e como essa tecnologia pode revolucionar as TVs

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Divulgação/Samsung
Divulgação/Samsung

O mercado de televisores apresenta duas tecnologias dominantes com vantagens distintas: o OLED, conhecido pelo contraste, e o LCD, que prioriza o brilho. A tecnologia Micro RGB surge como uma alternativa para unir essas características e superar as limitações de cada padrão.

Apesar da semelhança no nome com outras tecnologias, o funcionamento do Micro RGB é específico e difere do que existe hoje nos painéis Mini-LED convencionais.

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A evolução do Mini-LED

Para compreender o Micro RGB, é necessário observar a iluminação traseira, ou backlight, da TV. Os modelos atuais utilizam luzes de fundo brancas ou azuis para iluminar os pixels e dependem de filtros para criar as cores exibidas na tela. O Micro RGB altera esse processo ao utilizar LEDs microscópicos nas cores vermelho, verde e azul diretamente na fonte de luz.

A mudança aumenta a eficiência do sistema. Ao contrário do método tradicional, que filtra uma luz branca e perde intensidade no processo, a TV Micro RGB emite a luz na cor correta desde a origem. Esse método assegura maior fidelidade na reprodução do conteúdo e evita a perda de saturação em cenas de alta luminosidade.

Diferença para o MicroLED

Existe uma distinção técnica importante entre as nomenclaturas. O MicroLED dispensa o painel de cristal líquido, o LCD, pois cada pixel atua como um LED autônomo que acende e apaga individualmente.

Já o Micro RGB mantém a estrutura de cristais líquidos do LCD, mas adota uma iluminação traseira capaz de controlar as cores com maior precisão. Trata-se de uma melhoria da estrutura existente, sem a complexidade de fabricação exigida pelo MicroLED puro.

Volume de cor e brilho

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A tecnologia ataca pontos específicos dos displays atuais. A maioria das TVs perde saturação quando o brilho atinge níveis muito altos. O Micro RGB projeta cobrir a totalidade do espectro de cor BT.2020, referência para o cinema. Isso resulta em tons de vermelho e verde mais puros, mesmo em imagens com alta intensidade de luz.

Como os LEDs emitem as cores primárias diretamente, a eficiência luminosa também é superior. A estimativa é que essas TVs ultrapassem a marca de 4.000 nits. Esse desempenho favorece a reprodução de conteúdos em HDR e supera a capacidade média dos painéis OLED.

O sistema também aprimora o contraste. O controle da luz traseira permite desligar zonas minúsculas da tela para criar pretos profundos e reduzir o vazamento de luz ao redor de objetos brilhantes. 

Outra característica é a durabilidade: ao contrário do OLED, que utiliza material orgânico, o Micro RGB usa LEDs inorgânicos. Isso elimina o risco de retenção permanente de imagem, conhecido popularmente como burn-in e estende a vida útil do aparelho.

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