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PlayStation VR conquista a E3 ao levar os jogadores para dentro dos games

Por| 17 de Junho de 2016 às 13h47

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Divulgação
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Ainda que alguns dos principais aparelhos de realidade virtual já estejam no mercado, a tecnologia continuou sendo uma das mais procuradas nesta E3 2016. Estandes como o da Oculus tinham filas enormes de curiosos em busca dessa nova experiência imersiva e até mesmo propostas não relacionadas a jogos atraiam muitos interessados, como o pornô da Naughty America.

No entanto, de todas as opções apresentadas na feira, a que mais chamou a atenção dos jogadores foi o PlayStation VR. Não apenas porque o acessório da Sony chega às lojas somente em outubro, mas pela grande quantidade de novidades. O estande da empresa possuía uma enorme área dedicada a títulos voltados para a realidade virtual e todos eles com filas gigantescas de curiosos. Em alguns casos, era preciso ter sorte para conseguir agendar um horário ou nada feito.

Era o caso de Resident Evil 7, sem sombra de dúvidas o game mais procurado desta feira — e você pode conferir nossas impressões sobre o uso do PlayStation VR no terror aqui. Porém, havia outras propostas igualmente interessantes por lá, como os recém-anunciados Fairpoint e a experiência em realidade virtual de Final Fantasy XV, que também chamavam a atenção de muita gente.

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Seja o Batman

Apresentado na conferência da Sony, o Batman VR foi outra grande surpresa dessa feira. Ninguém esperava um retorno do Homem-Morcego vindo pelas mãos da RockSteady tão cedo assim, ainda mais com suporte ao PlayStation VR. Porém, o título não só foi anunciado como ainda foi uma das melhores coisas dessa E3 em termos de experiência de imersão.

Ao todo, o estúdio levou duas demonstrações ao evento. Batizada de “Be the Batman”, a primeira segue exatamente a proposta do título, fazendo com que o jogador realmente se sinta no papel do Cavaleiro das Trevas. E isso é feito da maneira mais simples possível: você tem de vestir o uniforme do herói peça por peça.

Parece algo bobo, mas é uma coisa que realmente deixa o jogador sem fôlego. O passeio começa dentro da Mansão Wayne, então é preciso encontrar um caminho para a Batcaverna. Com ajuda do Move, que reproduz o movimento das mãos dentro do game, é preciso encontrar um piano e apertar a sequência correta de teclas para que o elevador que leva ao esconderijo do Morcego seja liberado.

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E a descida para o centro de operações é algo que faz cair o queixo de qualquer fã. Independente do lado para onde você olha, há alguma referência aos games anteriores ou à mitologia dos quadrinhos. É o tipo de coisa que faz com que o jogador fique girando em torno de si mesmo embasbacado com tudo o que está vendo.

Já dentro da caverna, é preciso realizar uma série de pequenas interações para colocar o uniforme. Colocar a mão do personagem sobre um leitor digital, inserir seus braços dentro das manoplas, pegar as armas disponíveis e colocar em seu cinto e, por fim, segurar a icônica máscara e colocá-lo sobre seu rosto.

De novo, é o tipo de coisa que parece muito banal e sem muito propósito, mas é uma das experiências mais imersivas disponíveis na E3. Tanto que, um pouco mais à frente, quando o Cavaleiro das Trevas se olha no espelho, você realmente acredita ser o Batman — não por acaso, começamos a falar com os desenvolvedores usando a clássica voz do personagem tão logo o PlayStation VR foi colocado em nossa cabeça.

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A segunda demonstração, por outro lado, é um pouco menos imersiva, mas mostra bem outras maneiras de interação. Para investigar a morte do Asa Noturna, Bruce Wayne precisa utilizar todos os seus gadgets para reconstruir a cena do crime e identificar o assassino. Trata-se de uma versão em realidade virtual do modo detetive que já existe nos demais games da série Arkham, em que ele precisa procurar evidências e remontar o ocorrido.

O interessante aqui é que é possível acompanhar tudo a partir de diferentes pontos de vista. Ao olhar para um ponto e apertar o botão Move, o herói vai até lá e observa a área sob uma nova perspectiva. E, com a ajuda de seus gadgets, avança e retrocede toda a cena.

Aqui há uma mudança de jogabilidade curiosa. Ativar os gadgets não se resume mais apenas a apertar um botão. É preciso ir até o cinto de utilidades e puxar o scanner ou o arpão, o que torna as coisas um pouco mais burocráticas, mas realistas. A ideia é fazer com que você se sinta na pele do Batman, então faz todo o sentido a existência desse processo. No fim, é apenas questão de costume.

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Já na parte técnica, é impressionante como Batman VR é bonito. Mesmo com os problemas de resolução do PlayStation VR, a criação de Gotham dentro dessa tecnologia é muito bem feita e próxima dos games mais recentes do herói. Isso sem falar das ótimas animações, principalmente nas cenas de ação. Ver o Asa Noturna enfrentar seu misterioso assassino bem diante dos seus olhos é algo que nenhum outro jogo até então conseguiu recriar tão bem.

A grande surpresa, porém, é saber que não se trata de uma demonstração técnica, mas de um game completo. Segundo a Rocksteady, Batman VR será lançado e terá cerca de quatro horas de campanha — e nós já estamos na expectativa para voltar a vestir o uniforme do herói.

Outras experiências

Outros jogos menores ou menos impactantes utilizavam a tecnologia do PlayStation VR para criar a sensação de imersão. O problema é que, com exceção de um ou outro projeto maior, todos os demais tinham cara de projeto independente. É o caso de Battlezone, por exemplo, em que o jogador controla um tanque e precisa destruir seus inimigos dentro de uma arena.

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É uma proposta bastante simples e com visuais bastante limitados, mas que gera uma experiência divertida, principalmente pelo modo como a realidade virtual simplifica os controles. Mesmo utilizando o DualShock 4, todo o controle de câmeras é feito com o movimento da cabeça do jogador, o que torna essa ideia de olhar para os lados mais intuitiva. O joystick é usado apenas para controlar de verdade o veículo.

Ao mesmo tempo, o PlayStation VR já começa a apresentar propostas que querem se aproveitar da tecnologia, mas sem saber direito como fazer isso de um jeito eficiente. O maior exemplo disso é o próprio Final Fantasy XV. O RPG mais esperado do ano também abraçou o VR, mas de uma maneira tão pobre que é difícil se empolgar. Na chamada VR Experience, o jogador controla o personagem Prompto e precisa apenas ficar atirando sem parar em um inimigo e se esquivando na hora certa. Tudo é muito repetitivo e pouco criativo que logo você tem vontade de tirar os óculos e procurar algo melhor para fazer.

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Pode ser apenas um ponto fora da curva dentro de tudo o que a Sony trouxe, mas é um ponto a se considerar dentro da proposta da realidade virtual. Pode ter certeza de que teremos muitos projetos oportunistas assim aparecendo, o que pode fazer com que o PlayStation VR não seja uma opção tão interessante em um primeiro momento. Lembra-se como eram os primeiros jogos de Wii?

Isso sem falar também que muitas pessoas realmente se sentiram mal com os óculos, principalmente em games como Resident Evil 7. A ideia de controlar a câmera, se movimentar e identificar o movimento da cabeça é algo que fez muitos estômagos revirarem e que precisa ser muito levado em conta — ainda mais se lembrarmos que o PlayStation VR não é um produto barato.