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Fiske Reading Machine | Conheça a precursora analógica do e-reader

Por| Editado por Wallace Moté | 25 de Fevereiro de 2023 às 13h00

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Library of Congress
Library of Congress

O Kindle e outros e-readers são dispositivos populares por trazerem experiências de leitura próximas aos livros físicos, mas com maior praticidade e portabilidade. Porém, estes conceitos já eram aplicados nos anos 1920, com a máquina de leitura Fiske.

O dispositivo foi inventado por Bradley Allen Fiske, um oficial da Marinha dos Estados Unidos. Cerca de 80 anos antes das primeiras telas com tecnologia E-Ink, ele pensou em uma solução totalmente analógica.

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O funcionamento do produto era relativamente simples: trata-se de uma barra metálica, com uma lupa para um olho e uma barra para bloquear a visão do outro. Os textos eram gravados em cartões, com letras miniaturizadas — portanto, cada placa tinha aproximadamente cinco centímetros de largura, e 15 de comprimento.

Para demonstrar sua invenção, Fiske “encolheu” o livro The Innocents Abroad, do autor americano Mark Twain. Desta forma, um texto de aproximadamente 96 mil palavras (ou 458 páginas nas edições mais recentes) foi reduzido a cerca de seis placas do tipo.

Fiske registrou pelo menos 11 patentes relacionadas ao dispositivo, entre os anos de 1920 e 1935. Na época, ele acreditava que tinha iniciado uma revolução: livros seriam mais fáceis e baratos para produzir e armazenar, e por isso o acesso a conteúdos educacionais seria muito mais amplo.

Na prática, a realidade foi um pouco mais dura. Mesmo que a máquina de leitura tenha ganhado diferentes protótipos ao longo dos anos, nenhum deles teve condições suficientes para ser produzido em massa e comercializado.

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Mais ou menos ao mesmo tempo, a técnica de microfilme começava a ganhar popularidade. A proposta era semelhante: armazenar filmes e outros conteúdos visuais em um espaço menor, como em filmes fotográficos de 35 mm que eram utilizados em câmeras analógicas até pouco tempo atrás.

Outras invenções precederam o Kindle

Em 1949, a professora Ángela Ruiz Robles desenvolveu uma versão um pouco mais elaborada da máquina de Fiske. Chamada de “Enciclopédia Mecânica”, a invenção tinha engrenagens extras para armazenar mais informação em um dispositivo com o tamanho de uma pequena maleta.

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A ideia de digitalizar textos viria apenas nos anos 70, com o Data Discman da Sony. Trazendo um formato parecido com uma calculadora, ele é considerado o primeiro e-reader do mundo.

Porém, o desenvolvimento da tecnologia E-Ink aconteceria apenas nos anos 90. Mesmo que alguns dispositivos isolados tenham sido lançados em anos seguintes, a solução só ganharia maior destaque após uma década, em celulares como o Motorola F3 e leitores digitais como o Kindle.

Fonte: Engadget