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Bate o escanteio e corre pra cabecear: a Go2Go quer botar ordem no seu delivery

Por| 28 de Abril de 2021 às 08h20

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Gioraphics / envato
Gioraphics / envato

Não é exatamente uma novidade que o setor de delivery cresceu exponencialmente mundo afora por causa da pandemia da Covid-19. O distanciamento social obrigatório obrigou boa parte da população a pedir compras e refeições a partir de aplicativos (ou mesmo por telefone), já que ficar em casa era essencial para evitar o contágio.

E o Brasil, claro, também vem surfando nessa onda. Segundo dados do site Statista, divulgados pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) o país, sozinho, foi responsável por quase a metade (48.77%) do número de pedidos feitos via delivery na América Latina em 2020. Além disso, algumas previsões do mercado apontam que o setor poderá movimentar cerca de US$ 6,3 trilhões até o final de 2021 em todo o mundo.

No entanto, essa explosão do segmento trouxe alguns efeitos colaterais. Um dos principais deles é que muitos estabelecimentos entre restaurantes, bares e mercados de pequeno e médio porte tiveram de passar por um processo de digitalização a toque de caixa. Além da operação cotidiana do estabelecimento, muitos têm de descobrir como potencializar seus pedidos via delivery a partir dos apps, gerenciar os itens dos cardápios, saber as preferências do público, quais regiões apresentam maior demanda e, claro achar formas de como vender mais.

E é nessa gestão eficiente do delivery - e no alto número de estabelecimentos dispostos à adotá-la - que uma startup chamada Go2Go está apostando o seu crescimento.

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Para isso, a empresa aposta em diversas soluções para criar uma operação saudável em restaurantes, bares e lojas. Isso envolve multicanalidade (Omnichannel), oferta de produtos no last mile, uso de dados para os estabelecimentos escolherem as melhores estratégias de venda e até mesmo a criação de uma plataforma de e-commerce adaptável e o desenvolvimento de apps.

Em outras palavras, a empresa quer estar presente em toda a jornada do delivery, cuidando desde a origem dos pedidos até a entrega, além do planejamento dentro de cada marca. E para explicar como funciona esse conceito de "bater o escanteio e correr para cabecear", o Canaltech conversou com Ernesto Bitran, CEO e fundador da Go2Go, que nos dá uma ampla visão desse setor e como a sua companhia pretende crescer ainda mais.

Confira como foi o papo:

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Canaltech - Quais as dores dos deliveries as soluções da Go2Go se propõem a solucionar? Quais os gargalos vocês identificaram nos restaurantes que motivou o desenvolvimento da plataforma?

Ernesto Bitran: A Go2Go resolve muitas dores da operação. Diria que a nossa plataforma é a que, de fato, soluciona os problemas e atua em todos os aspectos do funcionamento. Então, quando falamos de integração, conseguimos colocar todos os pedidos na mesma tela e facilitamos toda a interação dos pedidos com a cozinha, inclusive, colocando já no PDV instalado dentro do estabelecimento - sem precisar de grandes transformações dentro da empresa.

Mas, a dor da relação com o consumidor final através dos canais próprios, é sem dúvida nenhuma, uma dor muita grande dos estabelecimentos às vezes um pouco oculta e nós resolvemos isso de maneira bem eficiente.

Além disso, a Go2Go resolve também a dor da operação de organizar os motoboys, dar previsibilidade de produção, fazer toda a gestão de dados, previsão de recebimento, desempenho da operação, comparativo do andamento de cada operação, o que vende, onde vende - então todas essas dores são dores resolvidas por nossas soluções. Obviamente, isso precisa começar pela integração de pedidos que é a base da nossa solução e da nossa geração de informações.

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CT - A pandemia de Covid-19 obrigou os restaurantes a aperfeiçoar seus sistemas de delivery. Como vem sendo o crescimento da Go2Go nesse período?

E.B.: A pandemia obrigou obviamente os restaurantes a se “deliveryzarem”. Se contarmos que no início da pandemia o Brasil tinha por volta de 1 milhão de estabelecimentos de food e que só 15% deles tinham a operação de delivery - a partir de março de 2020 o empreendedor tinha duas opções: ou ele faz delivery ou ele fecha.

Com isso boa parte dos restaurantes começou a fazer entregas e para isso, a tecnologia ajudou bastante. Em 2020, a Go2Go cresceu 600%. Fechamos o ano de 2019 com 80 clientes. Já em 2020, fechamos o ano com 450 clientes, que juntas ultrapassam 3.500 lojas conectadas. Para 2021 o crescimento alvo é de 300% - e, obviamente, estamos suportando essa transformação digital dos estabelecimentos.

É um desafio crescer tanto o business num curto prazo, mas estamos nos saindo bem - crescendo o time, crescendo em tecnologia para conseguir fazer com que as implementações sejam mais rápidas e mais eficientes.

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CT - Dentro da estratégia de omnichannel, quais as soluções da Go2Go são diferenciais em relação à concorrência?

E.B.: Quando falamos em estratégia omnichannel, aqui na Go2Go, acreditamos que o varejo precisa estar perto do consumidor e no canal que ele quiser e/ou escolher.

Essa mudança de conceito é muito importante para o setor e a omnicanalidade de verdade ela transcende um aplicativo ou um site de e-commerce, por exemplo. A omnicanalidade tem que estar de fato onde o cliente quer e/ou escolhe consumir e a solução da Go2Go permite isso, além de facilitar a operação de A a Z.

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Hoje, somos o maior hub de integração. Temos mais de 30 origens diferentes de pedidos para atender a todos como preferir. Obviamente a gente produz os canais tanto app, quanto e-commerce. E agora, indo para uma solução de Whatsapp e mídias sociais, vamos inovar ainda mais - trazendo maneiras novas de conectar os vendedores com os consumidores. Estamos investindo bastante para criar soluções de fato de omnicanalidade para permitir que os estabelecimentos estejam sempre muito perto dos consumidores.


CT - Com os restaurantes tendo de enfrentar essa transformação digital por causa da pandemia, como esses estabelecimentos vêm se adaptando a esse processo? Quais as principais dificuldades eles têm apresentado nessa digitalização?

E.B.: Enfrentar a transformação digital a fórceps é muito desafiador. E o que nós estamos percebendo e acompanhando é que os estabelecimentos estão atirando para todos os lados, ou seja, eles saem em direção a qualquer proposta para gerar pedidos e isso pode trazer dois problemas.

O primeiro, é que quanto mais canais de vendas sem uma organização interna mais difícil fica em gerir essa demanda, e aí acaba tendo muita ruptura de estoque, de preço e isso causa, no fim do dia, uma relação ruim com o consumidor. Então, esse é um primeiro ponto que deve ser bastante observado. Já o segundo problema: o mercado digital tem uma estrutura de custos e de dificuldades diferentes do dia a dia do estabelecimento/restaurante em um espaço físico.

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E esse desafio é entender quais são os novos custos dessa operação, entender onde se ganha dinheiro e onde se perde dinheiro. É um desafio grande para esses estabelecimentos acertarem essa equação de modo que ela seja positiva financeiramente. Neste contexto, a Go2Go trabalha justamente para ajudar esses estabelecimentos a encaixarem essa equação e entender onde se perde e onde se ganha dinheiro.

CT - O Go2Go trabalha com dados sensíveis de clientes e restaurantes. Como a empresa trabalha com as questões de segurança e privacidade em sua plataforma?

E.B.: Referente aos dados, é uma forte preocupação nossa. Dentro da Go2Go nós utilizamos uma estrutura toda em cloud, coberta com diversos protocolos de segurança para justamente garantir a privacidade dos dados dos consumidores, tanto dos marketplaces (das transações via marketplaces), quanto dos canais próprios.

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Ou seja, nós utilizamos servidores super seguros com protocolos bastante importantes de privacidade - atendendo a LGPD e os mais rigorosos critérios de segurança de informações disponíveis. Nós não armazenamos nenhum tipo de dado sensível como dados de cartões, por exemplo. Tudo isso, para garantir a segurança dos consumidores.


CT - Dos três planos oferecidos pela Go2Go, quais são os mais buscados? Qual o tempo necessário para a plataforma ser implementada no estabelecimento? Há algum treinamento?

E.B.: Hoje, o plano mais buscado é o Plano Pro. O motivo para isso é a quantidade de marketplaces que disponibilizamos e de canais para os estabelecimentos. E agora, principalmente com essa disputa no CADE sobre contratos de exclusividade dos marketplaces, cada vez mais as marcas estão buscando ter diversas fontes de pedidos.

Então hoje, o plano que a Go2Go mais comercializa é o Plano Pro, mas temos uma grande quantidade de estabelecimentos rodando o plano A, que chamamos de small and medium business, que oferecem soluções a partir de R$ 89,00 (Plano Light).

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CT - Há alguma parceria com os apps de delivery (iFood, Uber Eats, Rappi, etc) nesse processo de integração dentro do Go2Go?

E.B.: Sim, a Go2Go é parceira de todos eles. Nós nos relacionamos muito bem com todos pois é justamente essa a nossa função, orquestrar esses canais. Obviamente, temos mais proximidade com alguns apps do que outros, mas a participamos ativamente do processo de desenvolvimento de novas tecnologias de integração e onde podemos melhorar nesses processos.

Inclusive, alguns marketplaces recomendam a Go2Go para os clientes/restaurantes/ estabelecimentos cadastrados pois sabem que as marcas que operam conosco têm um desempenho melhor do que clientes que não operam com a nossa solução. Atualmente, somos parceiros de mais de 30 marketplaces e plataformas de food service - justamente para proporcionar uma experiência melhor tanto para o consumidor (do ponto de vista do processo de compra), quanto melhor para o estabelecimento nos aspectos de processar e entregar os pedidos.

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CT - Como funciona o processo de criação do app personalizado junto aos estabelecimentos? Qual o tempo médio para o desenvolvimento do aplicativo?

E.B.: Nós temos um app padrão que é muito rápido para ser criado e é possível publicá-los em menos de uma semana. Mas também desenvolvemos apps customizados, com jornadas personalizadas e focados para companhias maiores em boa parte dos casos.

A Go2Go você tem esses dois setores: o primeiro gera os apps de maneira padronizada com a logo, imagens e cores customizadas da marca. Mas também temos uma outra camada de serviço, que permite criar soluções personalizadas, e essas, em geral, precisam de 90 a 120 dias para serem desenvolvidas. Esse é um outro grande diferencial nosso.


CT - A Go2Go tem plano para expandir suas soluções para outros setores, além de restaurantes? E-commerces de outros setores, por exemplo?

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E.B.: Sim, não só temos planos de expansão como já expandimos. Hoje, a gente atende redes de farmácias, conveniências, minimercados, açougues, bebidas, distribuidoras, pet shops, lojas de brinquedos, vinhos, etc.

Hoje, conseguimos atender muitos outros segmentos que também exigem maior senso de urgência, um senso de entrega que chamamos de same hour, com a entrega sendo feita em até 60 minutos. Isso vale, por exemplo, para pedidos de bebidas geladas, uma sobremesa, etc. Nós já estamos atuando em outros setores e operando de forma bem ativa. Esperamos que até o final de 2022 os setores além do food representem metade do nosso portfólio de clientes.

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